7º Congresso: Painel de conjuntura chama à unidade para superar ataques do governo

O primeiro dia do 7º Congresso do Sindjus-DF, iniciado na noite desta sexta-feira (19), seguiu com o debate sobre conjuntura nacional e internacional. Após a abertura feita pela comissão organizadora do congresso, os delegados e observadores puderam debater o cenário político e econômico do país e as medidas do governo federal, que ameaçam direitos históricos da população. As palestras do painel foram conduzidas pelo presidente da Anfip (Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal), Vilson Romero; e pelo cientista político e pesquisador da Auditoria Cidadã da Dívida, Rodrigo Ávila.

Foto: Kilson Ricardo
Primeiro a falar, o auditor fiscal e também jornalista Vilson Romero centrou sua fala na conjuntura internacional. O foco da sua palestra foi o impacto das políticas adotadas pelas grandes potências sobre o resto do mundo. Entre os fatos mais recentes, o presidente da Anfip apontou a ofensiva norte-americana com Donald Trump à frente da Casa Branca. Além disso, destacou os conflitos no mundo árabe e a situação de milhares de refugiados nos países centrais da Europa.Em relação à situação brasileira, Romero ressaltou a crise institucional que toma conta do cenário político. As recentes delações da operação Lava Jato envolvendo o centro do governo de Michel Temer, além das reformas impostas pelo Palácio do Planalto, para ele exigem respostas urgentes da população brasileira, com unidade do conjunto da classe trabalhadora.
Foto: Kilson Ricardo
O representante da Auditoria Cidadã da Dívida abordou, especialmente, as escolhas dos sucessivos governos de economizar dinheiro, cortando investimentos em diversas áreas, para seguir pagando juros da dívida pública, o chamado superávit primário. Rodrigo Ávila lembrou que o Brasil já pagou diversas vezes a dívida pública, mas o governo sempre usa o seu suposto crescimento para justificar as reformas em curso, especialmente a da Previdência. Segundo ele, cortar investimentos em políticas públicas não vai resolver o problema da crise econômica do país. “É uma economia para pagar uma dívida que beneficia grandes bancos e investidores, em detrimento de diversos direitos da população”, disse.Pontuando, ainda, que os governos anteriores também já aplicavam o ajuste fiscal em curso, aprofundado pelo governo Temer, Ávila lembrou da reforma da Previdência feita em 2003, no primeiro ano do governo do então presidente Lula. Nesse sentido, ele disse que trabalhadores celetistas e servidores públicos seguem com os mesmos desafios de unificar a luta para barrar as propostas que ameaçam direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.
Foto: Kilson Ricardo
O 7º Congresso do Sindjus-DF segue neste sábado (20) e vai até o domingo. Pela manhã, foi debatido e votado o regimento interno que norteará o evento ao longo dos dias.Confira a programação de sábado e domingo:20/05 – Sábado
9h – Regimento Interno – apresentação, discussão e aprovação
11h – Referendar a desfiliação da CUT e encaminhamentos
12h – Almoço
13h – Encerramento do credenciamento dos delegados e observadores
13h15 – Informes do número de credenciados e destruição de crachás dos delegados e observadores que não compareceram ao evento
13h30 – Alteração estatutária – Discussão e deliberações
16h30 – Lanche
17h – Continuação das deliberações sobre alteração estatutária
20h – Confraternização21/05 – Domingo
9h – Grupos de Trabalho – Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista, Defesa da Justiça do Trabalho, Plano de lutas e Reivindicações
Debatedor: Renato Barros – advogado especialista em Previdência
12h30 – Almoço
14h- Carreira – Campanha Salarial – Data-base
16h – Carreiras próprias
16h30 – Lanche
17h – Apresentação de moções e encaminhamentos
18h30 – Encerramento 

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