Núcleo de Inclusão do Sindjus participa de manifestação em prol da Inclusão Escolar

Durante a manifestação em frente ao Palácio do Buriti, na manhã desta sexta-feira (21/09), reunindo cerca de 200 pessoas, crianças, jovens e suas famílias gritaram frases como “Inclusão Já” e “Nenhum Direito a Menos”, para reivindicar que a Secretaria de Educação e o GDF voltem atrás no que estão fazendo em relação ao fechamento de turmas especiais. Isso porque houve um aumento no número de alunos na rede pública precisando de vagas e o governo não providenciou a construção de novas salas de aula.“A grande consequência é que a corda arrebenta do lado mais fraco, então os governantes escolhem tirar as crianças, jovens e adultos especiais das escolas para aumentar o número de turmas atendidas por neurotípicos”, afirmou Ana Gulias, que participa do MOAB e esteve à frente do ato.

De acordo com as mães, esse ato é só a “pontinha do iceberg”, já que hoje existe no DF uma população de 30 mil pessoas com deficiência, o que é um número muito grande pra ser desprezado.Perguntada sobre o êxito do protesto, Ana Gulias diz que toda manifestação é bem-vinda, pois planta uma semente e fortalece a todos, os que estão no ato e os que não puderam vir, pois muitos não têm com quem deixar seus filhos especiais, já que não é qualquer pessoa que pode cuidar deles.No decorrer do ato, uma comissão formada por pais de pessoas com deficiência foi recebida por um representante da Casa Civil do Distrito Federal.

As mães de autistas Sheila Tinoco e Wanessa Ferreira participaram da reunião representando o Núcleo de Inclusão do Sindjus-DF de Pais e Servidores. O grupo expôs as dificuldades e entregaram a pauta. A Casa Civil ficou de encaminhar essas reivindicações e o que foi relatado à Secretaria de Educação. Ana Gulias conclui: “Agora, vamos esperar o resultado de todas essas ações para que possamos definir os próximos passos da nossa atuação”.

Confira abaixo a pauta dessa manifestação:

– Para seleção de turma, os professores que obtiveram maior experiências com pessoas com deficiência e maior números de cursos, terão pontuação maior que os de tempo de casa- Nossas crianças não poderão ser encaminhadas, de forma automática, para classes especiais e centro de ensino Especial
– queremos a participação da família nessa decisão
– Aluno com Síndrome de Down não deverá ser encaminhada para Centro de Ensino Especial
– As salas de apoio devem ser ampliadas para todas as modalidades de ensino fundamental iniciais e séries finais e ensino médio e não ser concentrada apenas em polos como ocorre atualmente, pois os polos não são suficientes para atender as demandas
– O Plano Pedagógico Individual deverá ser entregue à família até o primeiro bimestre. Isso garantirá a adequação e a adaptação curricular
– Alunos em classes especiais, principalmente autistas, deverão ser avaliados e atendidos por professores com cursos com abordagem comportamental
– Redução de turma, avaliando a condição do aluno, sendo que a avaliação dos terapeutas, médicos, professores e equipe devem prevalecer em detrimento a estratégia de matrícula (TEA – redução para sala com 10 alunos)
– Oferecer capacitação e cursos para monitores e educadores sociais com abordagem comportamental quando se tratar do atendimento de alunos com autismo
– Contratação dos monitores de carreira concursados
– Toda escola deve ter sua sala de recursos e professor Reserva para a mesma
– Professores com cursos na área de Educação Especial nas Turmas de Integração Inversa Errata: a servidora Wanessa Ferreira participou ativamente da manifestação, bem como da construção da pauta que foi entregue às autoridades, porém, não esteve presente na reunião com a Casa Civil, conforme informado inicialmente nesta matéria.

Esclarecendo à categoria, apenas a servidora Sheila Tinoco conversou com o representante do GDF representando o Núcleo de Inclusão do Sindjus-DF Pais e Servidores.

 

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