Nota de Repúdio

O Sindjus/DF lamenta o ocorrido com um servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), ao ser chamado de “viado espalhafatoso” pelo advogado Marco Antônio Jeronimo. A ofensa se deu porque segundo o advogado, havia demora em tramitação de processos. Tal atitude é um comportamento recorrente do defensor.

O servidor diz ter sido acometido de uma saraivada de ofensas homofóbicas, que o faz seguir sob o constrangedor silencio do órgão que trabalha, onde há 20 anos, trabalha com afinco e dedicação, exercendo cargos de destaque, com autoridades admiráveis. Para ele, que considera o tribunal como segunda casa, é inaceitável buscar a justiça social sem ao menos garanti-la dentro da Casa da Justiça e Habitáculo do Direito sendo impossível assim conviver no mesmo ambiente o direito e o preconceito.

A juíza responsável pelo caso decidiu comunicar ao servidor sobre os ataques sofridos, “a fim de promover encaminhamentos que entender adequados diante da possível existência de crime de injúria”. A atitude da magistrada classificada como “louvável” pelo servidor, formentou á Antônio Jeronimo que não escrevesse expressões injuriosas nos autos do processo, sob pena de lhe ser aplicada a pena de ato atentatório à dignidade da justiça.

“Fui ofendido não só pessoalmente, tenho meios e instrumentos para buscar, sozinho, meus direitos. A ofensa, oca, escurecida em subjetivismos, revela um habitual pensamento do advogado, que vê o cargo atacado inadequado a um, segundo ele, sub-grupo”, relata o servidor.

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário faz questão de esclarecer que o exercício de nenhuma função pública deve ser pautado em escolhas íntimas, em características fisiológicas, de cor ou gênero. Todos nos fazemos presente como um local de luta, onde repudia-se o preconceito de qualquer origem. Somos a favor da igualdade e nos encontramos solidários ao servidor contra discursos de ódio e ofensas de qualquer espécie.

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