Correio Braziliense: Em assembleia, técnicos fazendários aprovam adesão à greve dos fiscais e auditores do DF

A carreira de auditoria tributária e fazendária do Distrito Federal iniciou ontem uma paralisação por tempo indeterminado reivindicando reajuste salarial de 26%. Os auditores e fiscais tributários alegam que o aumento é uma promessa feita pelo Governo do DF, que estaria descumprindo o acordado, segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários Integrantes da Carreira Auditoria Fiscal do Tesouro do DF (Sinafite-DF), Eraldo Rodrigues da Costa. Mas, de acordo com o secretário de Fazenda, Valdivino Oliveira, reajustes estão descartados neste momento em função de perda de receita.

Em janeiro o volume arrecadado pelo GDF em tributos foi de R$ 450 milhões, 6,8% menos que o esperado, o que comprometeu recomposições salariais de servidores, de acordo com orientação do governo. “Não estamos falando em reajuste de salário nesta época de crise, este é um momento de contenção de gastos”, disse o secretário, que se reuniu ontem à noite com a categoria. “Vamos conversar o quanto for preciso para chegar a um consenso”, completa, lembrando que o governo tem como arma a possibilidade de cortar ponto dos grevistas, argumento utilizado pelo governo federal nas últimas greves.

A paralisação dos fiscais, que têm salário inicial de R$ 8 mil, de acordo com Eraldo, afetará o processo de arrecadação, o monitoramento do pagamento de impostos, a fiscalização, além da análise de processos de inscrição de empresas, na restituição de impostos, entre outros prejuízos. A categoria reivindica ainda melhoria na infraestrutura, principalmente na área de informática. “A intensificação do trabalho nas barreiras mostra a precariedade das nossas condições de trabalho”, afirma Eraldo. Ontem, os profissionais começaram a conferir toda a documentação de caminhões que entram com carga no DF. Como normalmente o trabalho é feito por amostragem, a fila de caminhões foi maior que a usual. Hoje o protesto continua.

Ontem os técnicos aprovaram em assembleia a adesão ao movimento. A partir de segunda-feira estará comprometido o atendimento à população nas sete Agências de Atendimento ao Contribuinte, onde apenas 30% dos 880 técnicos estarão trabalhando. Os técnicos reivindicam principalmente melhores condições de trabalho.

Fonte: Correio Braziliense

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