Definida Comissão Organizadora da 1ª Conferência Nacional de Comunicação

Nesta segunda-feira (dia 20), o Ministério das Comunicações, por meio de Portaria 185, definiu a composição da Comissão Organizadora Nacional da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM). A Comissão será composta por 28 membros, sendo 12 do Poder Público, com oito indicados pelo Executivo Federal e quatro pelo Congresso Nacional e 16 da sociedade.

As 16 vagas para representantes da sociedade, oito serão ocupados por entidades representativas do empresariado: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Associação Brasileira de Provedores Internet (Abranet), Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Associação dos Jornais e revistas do interior do Brasil (ADJORI Brasil), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).

As outras oito cadeiras serão preenchidas por uma entidade ligada às emissoras públicas educativas estatais, Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e por mais quatro organizações representativas: Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM), Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Federação Interestadual dos Trabalhadores de Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert).

Para os diretores do Sindjus e integrantes da Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação, Sheila Tinoco e Cledo de Oliveira, a comissão deveria contar com representantes do Movimento Negro Unificado (MNU). “Não podemos fazer disto uma conferencia chapa branca ou que reforce o lado empresarial, desconsiderando a proposta encaminhada pela Comissão Nacional, que incluía entidades como MNU”, diz Sheila Tinoco.

“Os meios de comunicação são muito discriminatórios, há uma quantidade excessiva de brancos e uma quantidade ínfima de negros. O movimento negro deveria estar presente na Comissão Organizadora, para representar outras raças e também as minorias”, ressalta Cledo de Oliveira.

Mas a diretora do Sindjus, Sheila Tinoco considera importante a participação da CUT na Comissão. “Considero também muito importante a participação da CUT na Comissão Organizadora Nacional. Esta será uma forma efetiva de incorporar em sua pauta esta luta pela democratização da comunicação, ao lado de tantas outras organizações importantes.”

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