Correio Braziliense: MP orienta prevenção no trabalho

Protocolo adotado pelo Ministério Público para evitar a proliferação do vírus A (H1N1) também pode ser usado por repartições públicas e empresas privadas. Uma das principais recomendações está na limpeza de espaços coletivos, muito mais rigorosa.

O avanço da gripe A (H1N1) já provocou uma mudança de hábitos na rotina dos brasileiros, que agora recorrem cada vez mais a máscaras e a frascos de álcool em gel. E para tentar, ao menos, reduzir a proliferação, repartições públicas e empresas privadas também têm sido orientadas a adotar medidas de prevenção.

Como a pandemia está no início, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou ontem um protocolo com orientações que podem ser adotadas em ambientes coletivos. O material foi elaborado para ações internas do órgão, mas pode ser usado por companhias que ainda não modificaram a rotina.

A principal recomendação é quanto à limpeza de espaços como elevadores, caixas eletrônicos, maçanetas de portas e outras superfícies em que os funcionários colocam as mãos com frequência. O protocolo recomenda a higienização pelo menos três vezes ao dia, com intervalos máximos de quatro horas, com detergente neutro e álcool a 70%. O ideal é fazer o procedimento no início do expediente, na volta do horário de almoço e na saída dos funcionários. Os banheiros devem ter sabão líquido e toalhas de papel para que os funcionários possam lavar as mãos pelo menos a cada quatro horas.

O protocolo também sugere a colocação de álcool em gel na recepção de repartições públicas e empresas. “Os funcionários devem ser orientados a não autorizar a entrada de quem se recusar a fazer a higienização”, disse o promotor Diaulas Ribeiro, da Promotoria de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Próvida), que elaborou o documento após consultas a médicos e especialistas. A exceção é para pessoas com alergia ao produto ou com ferimentos nas mãos.

Nesse caso, o recepcionista pode oferecer um lenço descartável e orientar a pessoa a não tocar diretamente em maçanetas ou nos botões do elevador.

Lixo hospitalar

Outra recomendação é quanto ao uso de máscaras, que devem ser oferecidas a pessoas com sintomas de gripe. O material deve ser substituído após duas horas de uso contínuo. As empresas também precisam ficar atentas quanto ao descarte desses insumos. A orientação do protocolo é que os resíduos não sejam colocados com o lixo reciclável: o ideal é depositá-lo em local específico, com tratamento semelhante ao do lixo hospitalar.

O serviço médico da empresa ou repartição também deve ficar atento a pequenos surtos no ambiente de trabalho. O protocolo orienta que, caso haja pelo menos três pessoas com sintomas de gripe no mesmo ambiente, esses funcionários sejam afastados por sete dias. As medidas já estão sendo implementadas no Ministério Público do DF. As empresas ou órgãos públicos que queiram adotar as mudanças podem pedir mais detalhes do protocolo na Pró-vida, pelo telefone 3343-9609.

Fonte: Correio Braziliense

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