Greve continua!

Ato público no TST pede celeridade no envio
Amanhã (25), às 15h30, servidores se reúnem em área próxima
ao STF para cobrar o envio do PCCR ao Congresso Nacional

O 15º dia de greve do Judiciário e MPU será marcado, amanhã (25) por um novo ato público no Anexo 2 do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir das 15h30, segundo o comando de greve dos servidores da Justiça. A decisão de um novo encontro da categoria foi tomada em uma grande manifestação, hoje à tarde, nas áreas externas do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os trabalhadores deixaram o registro de sua passagem de convocação dos colegas a aderir à greve erguendo centenas de bandeiras vermelhas no gramado do suntuoso prédio da Justiça do Trabalho.

Desta vez, o efeito da marcha pelo envio do PCCR ao Congresso Nacional, se tornou mais visível no TST, com centenas de servidores que acenavam das janelas do alto de seus andares de trabalho e em seguida desciam para se juntar ao grupo, engrossando as fileiras do movimento. Todo foi realizado de forma pacífica e alegre, em mais uma demonstração de força e união da categoria. A razão do ato no TST foi uma resposta dos servidores à promessa do ministro Ives Gandra Martins, do Conselho Nacional de Justiça, de entregar o projeto com novas propostas do Conselho ainda hoje ao presidente do STF.

Policarpo saudou mais uma vez os servidores mobilizados com palavras de agradecimento e de exortação a recrudescer as paralisações, que ganham força no campo nacional, a cada dia que passa, enquanto a revisão salarial continuar emperrada no STF. “Esta é uma greve simples de acabar, basta que eles (os ministros) enviem nossa proposta ao Congresso. Mas eles não fazem isso e ficam apenas dizendo que apóiam o projeto. Sabemos, no entanto, que eles podem fazer muito mais”, afirmou o coordenador-geral do Sindjus.

Era visível a decepção dos servidores com a postura antidemocrática do Supremo, que faz reproduzir ameaças, tentativas de desmoralização com o objetivo de calar o movimento. Ele afirmou que o projeto de revisão salarial poderá ser entregue ainda hoje, ou amanhã, pessoalmente, pelo ministro Ives Gandra ao colega Gilmar Mendes. Aos gritos de “A Greve Continua, PCCR Já”, mais um dia de mobilização reavivou a certeza na conquista de uma nova vitória.

Veja os pontos da proposta do CNJ que
o Sindjus e os servidores rejeitaram

1)O maior cargo efetivo da carreira judiciária não poderá exceder a 75% do subsídio do juiz substituto;

2) O cargo efetivo somado à opção do CJ 3 não poderá ser superior ao subsídio do juiz substituto;

3) A remuneração do servidor, incluídas as vantagens pessoais, não poderá superar o subsídio do magistrado ao qual estiver vinculado.

4) A comissão ainda estuda a redução do número de FCs;

5) Aumento do valor das CJs em 20%

6) Quinze padrões por cargo com diminuição do percentual entre elas, o aumento do período para promoção, que passaria de 12 para 18 meses.

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