Arruda decide pedir desfiliação do DEM

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), decidiu pedir sua desfiliação do partido Democratas (DEM) nesta quinta-feira, informou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A iniciativa do político, o único governador eleito pela agremiação, ocorre às vésperas de a Executiva Nacional do DEM se reunir para decidir se expulsava ou não o político do governo.

“Com ele fora (do partido), acaba o processo de expulsão. Se fosse expulso do partido é que poderia tentar uma batalha jurídica para se candidatar (em 2010), mas, se desfiliando, acaba. Está morta a situação dele porque é um gesto de vontade (própria)”, disse Demóstenes. “Com ele fora (do DEM) acaba o processo de expulsão”, completou.

“O governador Arruda acaba de desfiliar do DEM. Fará pronunciamento mais tarde sobre a decisão”, afirmou o deputado Felipe Maia (DEM-RN), admitindo, no entanto, haver uma “manobra política” por trás da decisão do governador.

A decisão de pedir desfiliação da legenda ocorre após a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter negado pedido para que fosse dado mais prazo para que o governador pudesse apresentar sua defesa contra as acusações de coordenar um esquema de mensalão no DF.

De acordo com o vice-governador do DF, Paulo Octavio (DEM), uma reunião de Arruda com seus advogados José Gerardo Grossi e José Eduardo Alckmin irá selar agora seu destino político. Juridicamente os advogados vão avaliar se é possível garantir que o governador consiga disputar a reeleição em 2010. Pela Lei Eleitoral os postulantes a cargos públicos têm de estar vinculados a agremiações políticas no período de um ano antes das eleições.

O governador José Roberto Arruda, que enfrenta três pedidos de impeachment, é suspeito de coordenar o mensalão do DEM. Revelado pelo então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, o esquema é retratado em 50 fitas de vídeo, sendo que, em uma delas, Arruda aparece em um vídeo recebendo maços de dinheiro.

A tese do mensalão no DF é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o suposto pagamento de propina a deputados da base aliada.

Fonte: terra.com.br

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