Novos delegados sindicais entram na luta do PCCR

Em uma das solenidades de posse de delegados sindicais mais concorridas da história do Sindjus, o auditório Águas Claras, do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, ficou pequeno na sexta-feira à noite. Assumiram o cargo e o compromisso de fortalecer a categoria 96 servidores de diversas varas da Justiça, tribunais e órgãos do Ministério Público (federal e local). O coordenador-geral do sindicato saudou os novos delegados com um alerta: este vai ser um ano de muito trabalho e obstáculos a superar. Policarpo se referiu em particular à luta que começou a ser travada no Congresso Nacional – convencer parlamentares a aprovar os PCCRs.

Para explicar aos novos delegados e seus familiares essa complicada engenharia de projetos de revisão salarial e a complexa arquitetura das negociações nas comissões da Câmara dos Deputados, o Sindjus levou para a mesa da solenidade o analista político do DIAP e consultor do sindicato Antônio Augusto Queiroz. Com uma vasta experiência na área, Toninho Queiroz acompanha os planos de carreira da categoria quando chegam ao Congresso há um longo tempo.

Após descrever o cenário político de 2010 no Congresso como “muito especial” devido à proximidade da Copa do Mundo e das Eleições, entre outras datas que encurtam o caminho das articulações para aprovação dos PLs 6613 (Judiciário) e 6697 (MPU), Toninho resumiu a situação – de aparência desfavorável a novas conquistas da categoria – afirmando que o projeto que congela salários será derrotado e que os PLs do PCCR serão aprovados. “Pela minha experiência com a matéria isso somente ocorrerá devido à grande capacidade de articulação do Sindjus e a inegável força de mobilização da categoria”, concluiu.

Tempos difíceis, trabalho dobrado

Se o apertado calendário político do País é um dos mais evidentes obstáculos ao sucesso da luta pela aprovação do PCCR, segundo Policarpo a posse dos novos delegados acontece em um momento importante e que sugere mais do que nunca a necessidade da união de todos. Ele ressaltou a importância da presença maciça dos delegados na posse porque significa que os elos da luta e da vida estão cada vez mais fortalecidos. “Essa não é uma batalha apenas por reajuste salarial, mas pela conquista da cidadania, pela qualidade de vida e pela dignidade com que exercemos o nosso trabalho”, afirmou.

Em seguida, Policarpo reafirmou uma certeza que ronda a categoria desde o apagar das luzes de 2009 quando o líder do governo no Senado colocou para votação, sorrateiramente, o PLS 611. “Não podemos de forma alguma aprovar esse projeto, temos de dizer a todos que não aceitamos esse projeto que congela salários e anula tudo o que foi feito até agora em busca de uma prestação de serviços da Justiça cada vez melhor”, lembrou Policarpo.

Além de todos os problemas que os servidores do Judiciário e MPU enfrentam, “porque nada é fácil”, Policarpo advertiu que há outra missão importante a ser cumprida pela categoria: a de ajudar a limpar Brasília. “Logo em seu aniversário de 50 anos a cidade está afundando em um mar de lama”, disse Policarpo referindo aos escândalos do DEM. “Se falta dinheiro para a saúde, a educação e para outros serviços que deveriam melhorar a vida do cidadão brasiliense, isto ocorre devido à corrupção no governo Arruda”, criticou Policarpo.

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