TSE Apesar das pressões, categoria continua mobilizada

A categoria completará neste sábado (26/6) um mês de greve e de acordo com o comando de mobilização do órgão, cerca de 200 servidores continuam parados e, diariamente, parte desse grupo faz piquete na entrada do prédio. Como resistir por tanto tempo? Essa foi a pergunta feita na última quinta-feira (24/6) a alguns grevistas do TSE. Todos foram unânimes em afirmar que permaneciam em greve por acreditar que esta é a única forma de a categoria conseguir o PCCR.

“Eu adoro o TSE, aqui é minha casa, mas acho que neste momento o melhor é estar aqui embaixo, no piquete, do que lá em cima, trabalhando”, afirmou a analista administrativa Onilda Medeiros de Oliveira, que trabalha há mais de 25 anos no TSE. Ela diz estar convencida da necessidade da greve. “Ela é a única força que nós temos. Os ministros ficavam dizendo que iam resolver, mas a negociação só avançou quando a greve passou a incomodar”, argumentou.

Para o diretor suplente do Sindjus Orlando Noleto, também lotado no TSE, a categoria permanece parada graças à convicção de que não há outro caminho. “Estamos matando um leão por dia para manter a greve, mas fazemos isso por acreditar que o nosso reajuste é legítimo e que temos chances reais de sairmos vitoriosos dessa luta”, disse.

Para o técnico judiciário João Veiga, que está há 16 anos no órgão, os servidores tinham mesmo de ter entrado em greve. “Não podíamos confiar que a cúpula do judiciário se mexeria por conta própria para resolver nossa situação”, defendeu. “Tudo que conseguimos foi através da nossa mobilização. Sem ela eu estaria recebendo, por exemplo, pouco mais do que os R$ 500,00 que recebia quando entrei no TSE”, completou.

Mesmo ocupando uma função comissionada, a analista administrativa Inês Amaral participa todos os dias do piquete. “A única forma de pressionar o governo é fazendo greve. Não há outro jeito”, afirmou. Além de participar da mobilização, ela busca convencer outros colegas a também aderirem à greve.

Para o coordenador de Formação e Relações Sindicais do Sindjus Antonio Silva, os servidores do TSE têm se mantido firmes na mobilização por entenderem que não há outro caminho. “O objetivo de todos aqui é a aprovação do nosso plano de cargos e salários. E temos de nos manter unidos até alcançarmos a vitória”, defendeu.

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