O Globo: Diretor do STF reage e diz que não há “delírio algum” no pedido de reajuste do Judiciário

O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Alcides Diniz, fez uma defesa da proposta de reajuste do Judiciário, de 56% para os 107 mil servidores da ativa, aposentados e pensionistas, e rebateu o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que classificou o pedido de “meio delírio”. Diniz apresentou uma tabela em que compara os salários do Judiciário com carreiras equivalentes no Executivo e Legislativo. Os funcionários do Judiciário, pela tabela, tem o salário menor, nessa comparação. Diniz disse que está ocorrendo evasão nas carreiras desse Poder, por conta da remuneração, e que, se o aumento não for concedido, haverá um colapso no Judiciário.

É preciso esclarecer a população brasileira que não há nenhum delírio na proposta. Nada, nada de delirante. Tem uma explicação lógica. Há uma defasagem nos salários do Judiciário, quando comparado com as outras carreiras públicas. O Judiciário está perdendo pessoal, bons quadros, por causa do salário – disse Alcides Diniz.

O diretor disse que o pedido do Judiciário não equipara os salários com os outros poderes. Apenas aproxima os valores. Estamos perdendo quantidade e qualidade, que irá afetar a celeridade do serviço. Está ocorrendo um desinteresse pela carreira do Judiciário.

Diniz afirmou que, se concedido o aumento pelo Congresso Nacional, o impacto será de R$ 6,7 bilhões. O reajuste ocorreria em quatro vezes, em parcelas semestrais.

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