No STJ servidores mostram indignação com demora na aprovação do PCCR

Durante visita dos diretores do Sindjus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) os servidores se mostraram bastante frustrados e desacreditados nas promessas feitas pelas autoridades competentes em relação ao plano. A categoria acredita que não dá para confiar a aprovação do PCCR aos presidentes de tribunais e defendem que os únicos que podem fazer alguma coisa são os próprios servidores.

“Estamos todos frustrados e indignados com essa situação. De um tempo para cá todas as categorias do governo federal ganharam aumento e a gente ficou a mercê da vontade de algumas pessoas que não tomaram essa decisão. Agora só nos resta parar e mobilizar. Sem a união não vai. Temos que conscientizar o todo da importância dessa união”, disse Joaquim Fernandes, técnico STJ.

Telma Alencar, analista do STJ, também se disse desacreditada nas autoridades do judiciário e disse que a categoria tem que começar a agir. “De imediato podemos fazer um ato em frente ao Supremo para vê se estimula o presidente Peluso a tomar alguma iniciativa”, sugeriu.

Alguns servidores antigos na casa acreditam que o sindicato está seguindo o caminho certo e pedem aos novos servidores que não desistam de lutar. “É muito importante esse contato com a base até porque a categoria padece de um defeito grave, viceral, genético: a falta de união. Se a gente conseguisse se unir, colocar a classe monolítica a gente conseguiria grandes avanços. Essa idéia de colar o nosso plano de carreira ao reajuste da magistratura seja a saída para a crise que nós estamos”, avalia Viriato Gaspar que há 33 anos é técnico do STJ e destaca que não pode ser feita uma separação interna na categoria. “Velhos ou novos todos estamos no mesmo barco. Todos nós somos servidores e não magistrados. Essa é a diferença. Não desistam. Nós os antigos estamos passando a vocês o bastão. Compete a vocês agora melhorar o judiciário e dar credibilidade, transparência e visibilidade ao judiciário que, com o comportamento dessas autoridades, perde o pouco que tem”, afirma.

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