CUT conquista apoio pelo fim do imposto sindical
Durante as atividades da CUT nacional no dia 23 de março, o tema que esteve presente em todas as audiências com parlamentares e ministros foi a determinação da CUT de acabar com o imposto sindical e substituí-lo pela contribuição da negociação coletiva, a ser aprovado em assembleias de trabalhadores, sindicalizados ou não. Para a direção da CUT, a mudança, segundo concepção defendida pela Central desde sua fundação, “extinguiria o sindicalismo de fachada, que recebe dinheiro fácil mesmo sem fazer nada, e fortaleceria as entidades sindicais realmente representativas, que mobilizam e negociam ampliação de direitos dos trabalhadores”.
Segundo informações publicadas na página da CUT nacional, ao longo de todo o dia 23 foram firmados vários apoios a essa reivindicação do movimento sindical cutista. A primeira audiência foi com o senador Paulo Paim [PT-RS], que afirmou que seu mandato apoiará a CUT quando o projeto chegar ao Congresso. Paim igualmente propôs que a Central ocupe o espaço das audiências públicas da Comissão de Direitos Humanos, que ele preside, para debater a pauta de reivindicações.
Na visita seguinte, à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o tema do imposto sindical produziu uma ligeira saia justa. Ao visitar o gabinete do presidente da Comissão, Sílvio Costa [PTB-PE], o presidente da CUT, Artur Henrique, e o secretário geral, Quintino Severo, encontraram o deputado federal e presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, em reunião. Convidado pelo deputado Sílvio a falar da pauta da CUT, Artur começou pelo fim do imposto sindical. “Esse imposto estimula a criação de uma média de 2,3 novos sindicatos por dia no Brasil, a maioria que não faz nada pelos trabalhadores e que só existem para arrecadar esse dinheiro que é descontado do salário das pessoas”, disse Artur. E o presidente da Comissão acrescentou: “Uma indústria de sindicatos, um meio de vida”.
O presidente da Força, ali presente, disse que “essa não é a pauta da Força”. Artur retrucou: “Ele diz que a pauta não é da Força, mas ele assinou o acordo pelo fim do imposto, em agosto de 2008”. Em seguida, o dirigente da CUT distribuiu uma cópia do acordo.
Fonte: CUT Nacional e Fenajufe
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