Sindjus e Policarpo conversam com presidente do STJ

O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, recebeu o Sindjus e o deputado Policarpo às 7h da manhã desta quarta-feira (11/5) para discutir a aprovação do PCCR e as ameaças de corte de ponto feitas por ele na semana passada.

Ari Pargendler se mostrou bastante receptivo e conversou sobre os contatos que estabeleceu pela aprovação do PL 6613. O presidente relatou a conversa que teve com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, sobre o PL 6613/2009. A informação que recebeu foi de que Peluso está em negociação com o governo. Foi quando Policarpo colocou que a negociação com o governo deve começar com o contato com a presidente Dilma.

“Assim como nas versões anteriores dos nossos planos a negociação só sai realmente quando há acerto entre o Judiciário e a Presidência da República. A partir do acerto feito pelos presidentes os órgãos técnicos se mobilizam, do contrário nada anda”, afirmou o deputado federal.

O coordenador-geral do Sindjus, Berilo Leão, fez um pedido ao ministro no sentido de que ele continue conversando com Peluso, construindo meios que levem à aprovação do nosso projeto. “O PL 6613/2009 é muito importante não só para os servidores, mas para todo o Judiciário, que está ficando para trás em relação às carreiras de outros poderes. A cúpula do Judiciário precisa assumir seu papel nessa negociação. A categoria espera por isso”, explicou.

Num segundo momento, discutiu-se a questão do corte de ponto dos servidores do Judiciário. O presidente disse que o STJ vem anunciado que pretende cortar ponto dos grevistas. Disse também que ao contrário dos juízes, que são proibidos de fazer greve, os servidores têm esse direito, mas que o Tribunal que tem acatado a solicitação da AGU e cortado o ponto dos servidores do Executivo não podia simplesmente liberar os servidores.

Berilo ponderou dizendo que o Executivo não corta o ponto previamente como alertou que pretendia fazer o presidente. O deputado Policarpo complementou a informação dizendo ao presidente que mesmo depois da decisão proferida pelo STJ o governo negocia com os servidores a reposição dos dias parados.

“Deve-se estabelecer um processo de negociação para compensar os dias parados, impedindo que os servidores percam parte de seu salário. A greve é um direito constitucional, seu exercício não pode ser acompanhado de uma punição dessa natureza”, destacou Berilo.

A reunião foi avaliada positivamente por Berilo e Policarpo.

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