Servidores param Eixo Monumental

Os servidores do Judiciário e do MPU encerraram as 48 horas de greve com um ato em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A categoria deu a volta nos dois órgãos e parou o Eixo Monumental no meio da tarde desta sexta-feira (20).

Aqueles que não desceram para a paralisação e foram para as janelas ver como estava o movimento escutaram dos colegas o chamado para participar. “De camarote não. A luta é aqui no chão”, diziam os servidores que estão ganhando cada vez com mais fôlego para lutar.

Ao passar em frente ao MPDFT os servidores pediram a Procuradora-Geral de Justiça, Eunice Carvalhido, que ela, junto com o ministro Peluso e com o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, tomem uma atitude para abrir as negociações do reajuste da categoria. “Eles não fazem mais do que a obrigação de negociar nosso plano”, disse Ana Paula Cusinato, coordenadora-geral do Sindjus.

Ao final do ato os servidores escutaram os informes dos diretores sobre as 48 horas. “A gente sabe, a gente tem sentido e estamos tendo notícia que a adesão é cada dia maior. Os servidores têm a consciência de que esse é um processo irreversível. Que essa greve é para conquistar o nosso objetivo que é o nosso reajuste e a luta pela equiparação salarial com as outras carreiras”, disse Sheila Tinoco, diretora do sindicato que reforçou a importância de seguir participando dos atos e a participação na assembleia da próxima semana. “Nós precisamos reforçar os piquetes em cada local de trabalho. Segunda-feira temos uma assembleia às 15 horas e até o momento de sair para ela temos que dar continuidade aos piquetes porque essa assembleia tem que estar forte. Nela nós vamos decidir a continuidade do movimento”, destacou.

A diretora também tranqüilizou a categoria sobre as ameaças de corte de ponto. “O ponto não é negociado com diretor, nem com juiz. É negociado com o presidente do Tribunal. Nós somos servidores públicos, somos servidores da justiça, servidores do povo. Então o servidor não tem que se intimidar”, informou Sheila que disse já ter recebido o apoio de vários magistrados que sabem da justiça de nossas reivindicações. “Se de um lado a gente tem alguns magistrados intimidando e dizendo que vai cortar ponto, hoje nós tivemos alguns magistrados apoiando e chamando a diretoria do sindicato para conversar e dizer que temos o apoio deles, que vão conversar com seus pares para poder sensibilizar aquele juiz, diretor ou magistrado que não percebeu que a justiça é feita por nós servidores que tocamos cada local tanto na área administrativa como na área cartorária”, disse.

Os servidores saíram do ato com a certeza de que estão no caminho certo nessa luta. Agora a categoria espera o resultado da assembleia na segunda-feira (23) para saber quais os próximos passos a serem dados. “A classe está mobilizada e o regime democrático nos dá essa prerrogativa de reivindicar nossos direitos com atitudes civilizadas, mas com firmeza, como nós fizemos hoje. Minha esperança era que na segunda tudo já estivesse resolvido, mas se não tiver um avanço positivo nós iremos dar continuidade ao movimento”, disse Willian Guimarães, servidor do MPDFT que participou do ato de hoje.

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