Chega de mentiras!

Durante algum tempo optamos por ignorar ataques apelativos feitos por um grupo que tem por objetivo derrotar os PLs 6613 e 6697. Hoje, porém, todos nós iniciamos uma greve. E como temos afirmado desde sempre, nossa categoria precisa estar unida e forte. Por isso, e por considerar que o servidor não merece ser vítima de manipulações tão grosseiras, decidimos lembrar alguns pontos básicos sobre o nosso movimento. O Sindjus respeita a sua inteligência. Confira. Informe-se. E vamos à luta!

boletim comissão pró-subsídio – “Servidor, era para você estar ganhando a tabela ao lado”
Sindjus- Não, não era. Na verdade, era para você estar ganhando mais. A tabela publicada nesse folheto foi retirada do site do Sindjus, para informação dos servidores. Essa tabela foi apresentada pelos diretores de tribunais e descartada em favor de outra, com salários mais altos, proposta pelo Sindjus. Confira no boletim de 8/10/2009.

boletim comissão pró-subsídio – “Você sabia que em Julho de 2009 ela foi oferecida pela Administração de Gilmar Mendes no STF recusada pelos sindicatos, entre eles o SINDJUS-DF?”

Sindjus- O quê o Sindicato recusou? A Gratificação de Desempenho. Por quê?

Porque ela é um mecanismo que facilita abusos de poder por parte das chefias, e que pode ser utilizado para pressionar e controlar os servidores.

Tudo isso está explicado no boletim de 1º de julho de 2009. Neste mesmo boletim estão publicadas lado a lado a proposta dos diretores-gerais e a proposta que foi negociada e adotada pela Comissão, aprovada pelos presidentes dos tribunais em out/2009. (ver boletim de 8/10/2009).

boletim comissão pró-subsídio – A tabela salarial foi “oferecida pela administração de Gilmar Mendes” e “elaborada pelo STF”?

Sindjus- De forma alguma. A tabela com 80% de reajuste foi criada pela Comissão Interdisciplinar, formada por representantes de todos os órgãos do Judiciário, com a participação de um representante do Sindjus e um da Fenajufe. A tabela da Comissão/Sindjus foi aprovada pelos presidentes dos tribunais em out/2009. No mesmo dia, foi submetida à categoria em assembleia-geral e aprovada por unanimidade (boletim de 8/10/2009).

boletim comissão pró-subsídio “Ocorre que ela foi recusada pelos sindicatos. Isso mesmo: RECUSADA!”

Sindjus- Mentira grosseira. O Sindjus conseguiu aprovar um reajuste mais alto e ao mesmo tempo defender a integridade do servidor, ao recusar a instituição da Gratificação de Desempenho.

boletim comissão pró-subsídio – “Você não aceitou a tabela ao lado? Você foi consultado?”

Sindjus- Sim, o tempo todo. Nos grupos de trabalho, nas assembleias setoriais, em todas as assembleias gerais. A tabela salarial foi exaustivamente discutida e aprovada pela categoria.

Saiba o que realmente aconteceu com a tabela

Quem não se lembra ou não acompanhou de perto pode recordar com ajuda das publicações na imprensa. Em outubro de 2009 a Comissão Interdisciplinar finalmente bateu o martelo sobre o reajuste e fechou uma tabela que resultaria em aumento salarial de 80,17%.

O que aconteceu em seguida? A imprensa criticou duramente o índice. Os magistrados pressionaram o Supremo, porque não desejavam ver servidor ganhando “mais que juiz”.
E o que fez o presidente do STF, Gilmar Mendes, único responsável pela articulação que garantiria a aprovação do PL? Ele cedeu às pressões e recuou.

Mendes se dispôs a negociar apenas a aprovação de um aumento de 56%. Em greve e à espera de uma solução, a categoria, em assembleia, decidiu concordar. Por quê? Porque era isso ou nada.

Mesmo esse índice de 56% foi conquistado duramente pelos servidores, após duas greves e uma longa mobilização que durou meses. Por isso o Sindjus vem afirmando desde o início de 2010, quando os PLs 6613 e 6697 começaram a tramitar no Congresso: é preciso centrar forças na aprovação desses projetos. Caso contrário, voltaremos à estaca zero: sem reajuste algum.

O Sindjus luta pela equiparação salarial, enquanto
o subsídio quer caçar os direitos da categoria

A Comissão Pró-Subsídio tem utilizado a propaganda enganosa como principal ferramenta para atingir seu objetivo maior – derrotar, a qualquer custo, os direitos conquistados pelos servidores. Eles não querem equiparar o salário às demais carreiras, mas retirar o que já foi conquistado até hoje.

O pessoal do subsídio, que acabou de ingressar no Judiciário e no Ministério Público, não admite que servidores que estão há 10, 15, 20 anos dentro dessas instituições recebam um salário maior que o deles. De forma unilateral, fazem questão de não compreender que os servidores mais antigos, a partir do conhecimento acumulado, desenvolvem um trabalho fundamental e estratégico.

Sendo assim, querem prejudicar aqueles que, dentro de um determinado órgão, desenvolveram a “expertise” a partir de diversos cursos de capacitação e especialização e de um grande aprendizado prático, que lhes permite conhecer bem os detalhes da rotina administrativa e jurisdicional dentro de um tribunal ou de um órgão do MPU.

Todo esse conhecimento teórico e prático, bem como toda uma trajetória de dedicação institucional devem ser valorizados e recompensados. Nada mais justo. No entanto, o movimento do subsídio não defende uma proposta de carreira, com ganhos a cada degrau alcançado, mas o famoso conceito de “cada um por si”.

Quem ingressa no Judiciário e no MPU deve, a princípio, trabalhar para alcançar os padrões mais elevados. Isso é um plano de carreira. Se os direitos adquiridos forem cassados e os salários nivelados por baixo, qual a motivação que terá um servidor, que desenvolve um trabalho crucial para um determinado órgão, continuar sua jornada profissional?

Nós estamos sendo atacados porque defendemos uma equiparação salarial com o Senado, com a Receita Federal, com o TCU, com o Banco Central, trazendo ganhos reais para todos. Ao contrário de se juntar a essa luta, que é essencialmente coletiva, o pessoal do subsídio prefere lutar sozinho tendo a mentira, a injúria, a calúnia, a difamação como armas.

É preciso sair em defesa da categoria. As mentiras que contam jamais serão maiores que nossas vitórias, que nossa determinação, que nossa história. Dessa forma, vamos todos à greve lutar tanto pela manutenção quanto pela ampliação das nossas conquistas.

Diretoria Colegiada do Sindjus

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