6º Congresso: “O servidor é o ator essencial à prestação jurisdicional”, diz reitor da UnB.

O reitor da UnB, professor José Geraldo, foi a segunda pessoa a falar, na manhã desta sexta-feira (27), durante a abertura do 6º Congresso do Sindjus. E foi logo afirmando: “Sim! Os servidores podem fazer mais pela Justiça”. Para ele, o 6º Congresso não deve só confirmar que os servidores fazem muito no que diz respeito à prestação jurisdicional, mas ir além, no sentido de compreender a missão profissional, sindical e social dos servidores, como atores políticos. O professor confere aos servidores a missão de inserir na cultura social o valor da justiça para afirmar a cidadania.

José Geraldo se lembrou da provocação feita pelo 1º Congresso do Sindjus: É possível uma sociedade democrática com um Judiciário conservador? Destacou a evolução da Justiça e dos direitos de lá para cá, destacando os avanços do Judiciário na abertura à cidadania e o papel dos servidores numa democracia ativa. “A democracia deve ser uma experiência permanente de criação de direitos”, salientou.

O professor, que é parceiro histórico do Sindjus, sublinhou que a construção do ato judicial é fruto da expertise dos servidores. “No Judiciário brasileiro são 15 mil togados e 250, 260, 270 mil não togados. O servidor é o ator essencial à prestação jurisdicional, embora ainda não se reconheça isso”, explicou. Para ele, o servidor precisa ser reconhecido por meio de políticas de formação, de capacitação, de remuneração, de identidade.

Para o reitor, os servidores não podem ser cobrados quanto à eficiência e celeridade do Judiciário se sua carreira não passarem por procedimentos valorativos.

No decorrer da sua fala, José Geraldo reafirmou o papel de agentes políticos dos servidores na construção de uma cultura de cidadania.

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