Diário de greve: Hoje, terça-feira, é dia de defender na Câmara nosso reajuste

Hoje, às 14h, temos uma missão conjunta: ir à Câmara dos Deputados e convencer os parlamentares a apoiarem a nossa luta por reajuste depois de cinco anos sem reposição salarial. Depois de pressionar o Judiciário e o MPU, o Palácio do Planalto e os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, é chegada a hora da nossa mobilização chegar ao Congresso Nacional.

Vamos pressionar os parlamentares com o objetivo de que eles assinem um manifesto favorável ao pleito da categoria. Para isso, vamos recepcioná-los no auditório Nereu Ramos (Câmara dos Deputados – subsolo do Anexo II), expor nossas faixas e cartazes, levar nosso adesivo no peito. Precisamos convencer cada deputado das vantagens de se aprovar esse relatório o quanto antes.

Vamos dizer que nós, servidores do Judiciário e do MPU, instituições estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país, estamos ganhando, em média, 80% menos do que carreiras semelhantes do Legislativo e do Executivo. Vamos lembrá-los de que nossa demanda só faz aumentar dia após dia, com metas de produtividade e aumento crescente de processos, e, nos últimos cinco anos, não recebemos qualquer contrapartida.

É importante dizer que desde 2006, quando o Congresso aprovou nosso último plano de cargos e salários, só acumulamos perdas e mais perdas salariais em relação a outras carreiras e à própria inflação. Vamos fazer um apelo ao senso de justiça deles, uma vez que mesmo reconhecendo a importância do nosso trabalho para o funcionamento do Judiciário e do MPU, magistrados e promotores não defendem a nossa causa como deveriam. Vamos colocar a nossa luta na mão deles.

Vamos lembrá-los de que em 2010, foi firmado um acordo entre o presidente da República e o presidente do STF para aprovação do nosso projeto. No entanto, esse acordo jamais foi cumprido. Esse descaso, esse tratamento diferenciado em relação a outras carreiras, essa falta de compromisso com a nossa bandeira são alguns dos fatores que nos obrigaram a deflagrar esta greve. Precisamos deixar claro que só voltaremos ao trabalho depois que tivermos respeitados os nossos direitos e atendidas as nossas reivindicações.

Os parlamentares devem ser conscientizados de que nossa luta não se restringe a um simples reajuste salarial. Nossa luta é pelo aperfeiçoamento da Justiça brasileira. Lutamos para que tenhamos condições de oferecer uma prestação jurisdicional de excelência à sociedade. Se necessário, vamos explicar que estamos discutindo um novo plano desde 2008 como uma forma de conter a defasagem salarial e o alto índice de evasão existente no Judiciário e no MPU.

Vamos esclarecer que somos uma categoria que sabe o que quer. Vamos levar aos deputados que nossa reivindicação é a aprovação do relatório do deputado Policarpo, que é uma síntese do que aprovamos recentemente tanto no 6º Congresso do Sindjus quanto na XVI Plenária Nacional da Fenajufe. Um relatório que tem agradado os presidentes dos tribunais superiores e do TJDFT. Um relatório que une uma categoria formada por mais de cem mil servidores federais. Um relatório que visa à equiparação salarial da nossa carreira com carreiras análogas.

Vamos pedir para que abracem essa causa que não pertence só aos servidores do Judiciário e do MPU, mas também aos políticos que têm o dever de contribuir para o fortalecimento da Justiça brasileira.

Chegou o momento de chamarmos os deputados à responsabilidade que lhes compete enquanto representantes de uma Nação que anseia por Justiça. Vamos pedir o apoio de cada deputado ao relatório do Policarpo, sua assinatura no manifesto e sua compreensão em relação ao nosso movimento grevista.

Vamos, servidor(a) do Judiciário e do MPU, com bandeiras e argumentos, lotar, daqui a pouco, o auditório Nereu Ramos e os corredores da Câmara dos Deputados. Vamos mostrar a nossa força de mobilização com a garra e a competência que nos são características.

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