Não tem dinheiro para os servidores do Judiciário e MP, mas o Senado se organiza

Temos uma mais razão para ir ao Congresso e cobrar a aprovação do nosso projeto: o Senado, cuja carreira já possui um contracheque bem maior que o nosso, vai melhorar ainda mais a remuneração de seus servidores. A Diretoria-Geral da Casa pretende incluir em seu projeto de reforma administrativa a elevação do valor de algumas gratificações, como a recebida pelos chefes de serviços e dos coordenadores da área.

O impacto orçamentário dessa medida ignora o discurso do governo de corte de gastos e reajustes do funcionalismo. Isso sem contar que esse aumento segue na contramão do proposto pelo próprio relator da reforma, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que enfrenta resistência para limitar a remuneração dos servidores do Senado ao teto do funcionalismo. Para ilustrar o cenário, basta dizer que há proposta de aumentar a gratificação por desempenho, hoje de 60% do maior vencimento básico, para 100%.

Enquanto os parlamentares criam uma série de empecilhos para a aprovação do nosso projeto, segundo matéria do Correio Braziliense, a Primeira Secretaria da Casa, responsável pela administração dos recursos e pela folha de pagamento, endossa a iniciativa da Diretoria Geral de ampliar os valores das gratificações.

Precisamos cobrar, hoje, no Congresso Nacional, igualdade de tratamento. Não podemos ser prejudicados enquanto servidores de outras carreiras acumulam sucessivos ganhos. Vamos, com todo ímpeto, exigir a aprovação do nosso projeto que não prega aumentos abusivos, apenas a equiparação salarial com outras carreiras do serviço público.

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