Mais de 20 mil marcham na Esplanada. Na Casa Civil, Condsef reclama de falta de objetividade nas negociações com o governo

A 4ª marcha em defesa dos servidores e serviços públicos ganhou reforço de trabalhadores do campo, estudantes e integrantes de movimentos populares. A atividade reuniu mais de 20 mil manifestantes que caminharam sob um sol forte desde o estádio Nilson Nelson até a Praça dos Três Poderes. De diferentes areas e setores os participantes da marcha carregavam suas bandeiras específicas de luta e juntos cobravam mais atenção do governo à classe trabalhadora. Uma das entidades que ajudaram na organização da marcha, a Condsef participou de reunião na Casa Civil com o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho. No encontro, a entidade reclamou da falta de objetividade nas negociações com o governo e cobrou mais respeito nos processos de diálogo que definem o futuro da vida funcional de milhares de servidores públicos.

Entre as pautas entregues ao ministro estava também a cobrança pela derrubada do PLP 549/09 que propõe limites em investimentos públicos pelos próximos dez anos. Gilberto Carvalho disse que o governo não é favorável ao corte de investimentos no setor público e que vai conversar com a presidenta Dilma e a ministra Miriam Belchior sobre as questões apresentadas.

A Condsef ponderou com o ministro a importância de se assegurar um desfecho para o processo de negociações em curso que teve início ainda no governo Lula. A morosidade do governo a apresentar algo que atenda de forma urgente as demandas dos servidores está levando diversas categorias a optar por paralisações por tempo indeterminado. Servidores da educação estão em greve há quase 80 dias. No início desta semana, após um encontro nacional do setor, servidores do Ministério da Cultura, da base da Condsef também decidiram reforçar este movimento.

Cerca de 500 mil servidores da base da Confederação seguem na expectativa da apresentação de uma resposta do Ministério do Planejamento para a contraproposta aprovada em plenária nacional realizada nesta segunda. O Planejamento prometeu responder à categoria nesta quinta-feira, 25.

Trabalhadores unidos – Outras pautas apresentadas à Casa Civil cobram mais investimento na agricultura familiar, 10% do PIB (Produto Interno Bruto) revertidos em educação para a população, política eficiente em reforma agrária e atenção do governo às necessidades dos trabalhadores brasileiros.

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