Carta de Brasília

Os delegados sindicais reunidos nesta sexta-feira (4/11) repudiam o acontecido no dia 25 de outubro, quando um grupo do Sintrajud/SP esteve na sede do TJDFT e promoveu um episódio lastimável, proferindo provocações e insultos aos servidores de Brasília. Na verdade, esse grupo pretende promover aqui o que não consegue fazer em seu estado: mobilizar a categoria!

Queremos esclarecer, deixando bem claro, que recusamos expressamente qualquer iniciativa desse tipo! Nossa categoria está mobilizada e cumprindo o calendário de atividades local, definido em conjunto pelos representantes competentes. O Conselho de Delegados, que tem encaminhado a luta até o presente momento, vem a público informar que não aceitará desrespeito a qualquer servidor que seja, pois Brasília sempre foi, é e vai continuar sendo exemplo de organização, de luta e de vitórias!

Se alguém merece ser achincalhado, podemos garantir que esse alguém não é servidor algum de Brasília. Após 52 dias de greve este ano (no dia 16 de maio e final em 6 de julho) conseguimos fazer o STF firmar um entendimento diferente do que vinha praticando até o momento. No dia 3 de agosto de 2011, os ministros do Supremo aprovaram em reunião administrativa proposta de orçamento para o Judiciário em 2012 com recursos previstos para um aumento no salário dos servidores.

Na sessão daquela noite, o presidente Cezar Peluso lembrou que a presidenta Dilma Rousseff não poderia reformar o orçamento do Judiciário. Desde então, Peluso passou a fazer defesas públicas do nosso reajuste salarial. Afirmou, inclusive, que não aceitaria que o governo beneficiasse somente os magistrados, deixando os servidores de lado. Essa postura é resultado do movimento grevista que dominou o Distrito Federal. Naquele momento, servidor algum saiu daqui e foi para qualquer estado que seja cobrar que um colega seu fizesse greve.

Os servidores de Brasília nunca fugiram da sua responsabilidade de lutar pela aprovação do PL 6613. Foram mais de cem dias de greve ao longo dos últimos três anos. Servidores que mesmo com a ameaça de corte de ponto continuaram firmes até que as metas fossem alcançadas. Se não estamos em greve é porque as atuais circunstâncias pedem outro tipo de postura. Uma postura que aqueles que bateram boca com servidores do TJDFT sabem que é correta.

Para aqueles que querem tumultuar só nos resta frisar que a nossa categoria, que está em estado permanente de mobilização, saberá o momento certo de ir à greve com ou sem eles!

Delegados Sindicais do Sindjus

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