Jornal de Brasília: Ofensiva

Esta semana pode ser decisiva para as pretensões salariais dos

servidores do Judiciário. A mobilização pelo reajuste salarial da

categoria ganha corpo a partir das assembleias setoriais realizadas nos

fóruns do DF. Para amanhã está prevista uma manifestação na Praça

dos Três Poderes, a partir de 15h. Definida como o Dia Nacional de

Luta pela Aprovação do PL 6.613/09, a quarta-feira reserva muito

barulho e pressão sobre os ministros do STF e parlamentares na Câmara

dos Deputados, especialmente os membros da Comissão de Finanças e

Tributação, onde o PL 6.613/09 aguarda votação.

Tudo indica que o presidente do STF, ministro Cesar Peluso, tenha

mesmo entrado na briga para assegurar o reajuste do pessoal do

Judiciário. Segundo o Sindjus, Peluso recebeu representantes dos

servidores da Justiça, durante um evento do setor. Ouviu sobre a

ansiedade da categoria em relação à falta de negociação do PL 6.613/09.

O ministro informou, segundo o Sindjus, que o fato de não dar

informações públicas não significa que o tribunal não esteja trabalhando

e que o reajuste dos servidores é prioridade.

O presidente do STF afirmou, ainda segundo o sindicato, que as

conversas estão se concentrando nas pessoas que podem decidir, tanto

no Legislativo quanto no Executivo. Peluso também afirmou que “não

há mínima possibilidade” de aprovar tudo de uma vez e que há várias

propostas de parcelamento. O ministro disse que já conversou com as

lideranças da base do governo sobre propostas de emendas e promessas

de apresentação de propostas complementares que propiciariam

estabelecer o aumento para o ano que vem e o parcelamento.

“Estamos discutindo números”, explicou Peluso aos representantes

da categoria. Segundo ele, o STF está buscando criar um movimento no

Congresso Nacional que resolva, o mais rapidamente possível, os

impasses em torno do PL 6.613/09. Na opinião do presidente do STF, a

pressão deve se voltar para o parlamento, para que sejam apresentadas

as emendas ao Orçamento. “Vocês têm de ficar acampados no

C o n g re s s o ”, brincou Peluso, reforçando que é preciso passar da fase das

conversas para o ato concreto, ou seja, a apresentação de emendas.

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