Trabalho gratificante no STF

O trabalho realizado no STF ontem (1º) foi excelente. Os representantes do Sindjus visitaram sala por sala com objetivo de ouvir avaliações, críticas e sugestões à postura adotada até então pela aprovação do PL 6613/09.

Em cada sala, as dúvidas comuns tratavam principalmente da última sessão da CFT, realizada no dia 30. Perguntavam a razão do deputado Pauderney Avelino – que se diz defensor do nosso reajuste – não ter retirado seu primeiro requerimento para votar aquele que garantia a inclusão do PL 6613/2009 na pauta; o motivo que fez o líder do PMDB Henrique Eduardo Alves não comparecer à sessão e; qual foi o papel de nosso deputado-representate Policarpo naquela oportunidade.

As impressões dos diretores sobre as duas primeiras questões eram a de que o processo legislativo tem algumas particularidades e que não quer dizer, necessariamente, que diga respeito ao nosso projeto. “Se tivermos o entendimento de que tudo é contra nós não sairemos do lugar. É preciso analisar de forma mais ampla esse processo legislativo. A grande lição é a de que, enquanto não resolvermos a questão da viabilidade orçamentária e financeira na CMO, nem oposição nem situação vão fazer qualquer movimento que realmente garanta a aprovação do nosso projeto. Para a CMO acatar a emenda da CCJ é preciso que o STF paute o MS, que é remédio forte o suficiente para dizer que o Judiciário quer negociar”, afirmou Sheila Tinoco nas inúmeras salas em que passou.

Sobre a atuação de Policarpo, que todos queriam mais detalhes, os diretores do Sindjus explicaram que o deputado em questão participou de duas frentes de trabalho na última quarta. Na CFT, Policarpo assinou o requerimento de inclusão do nosso projeto na pauta. No entanto, ao testemunhar ausência do líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, resolveu fazer algo para chacoalhar a situação. Então foi à CTASP impor mais uma derrota ao plano de reajuste zero adotado pelo governo, rejeitando as medidas protelatórias que estavam sendo colocadas à aprovação do projeto dos servidores do MP. Isso sem contar que ainda ajudou na redação do texto dos líderes ao relator da CMO para reforçar o apoio de todos os partidos ao nosso reajuste salarial.

Assembleia setorial do STF

Além de ter objetivo de ouvir cada um dos servidores, os diretores acharam importante realizar uma assembleia setorial no fim da tarde de ontem para legitimar os encaminhamentos. Mais de 62 pessoas se reuniram em pé, sob ameaça de chuva, para deliberar sobre as próximas ações dos servidores do STF.

O coordenador-geral do Sindjus Berilo Leão disse aos servidores que o ideal era a realização de uma greve-geral por tempo indeterminado a fim de demonstrar toda a indignação dessa categoria.

A delegada sindical Luíza Gallo fez diversas sugestões de trabalho para os próximos dias, avaliou as paralisações feitas pelo STF nas últimas semanas e na dificuldade concreta que tem tido na organização desses eventos. É importante destacar que Luiza tem sido a única delegada que tem participado de toda a mobilização no STF. “Sei que a direção do Sindjus tem poucos diretores para percorrer os quase 50 locais de trabalho e que cabe aos delegados fazerem o trabalho em cada órgão. A minha avaliação é a de que o STF quer a greve, porém, não tem condições de parar”, garantiu a delegada.

As propostas de realização de um manifesto e da nova agenda de trabalho no STF foram aprovadas sem que qualquer servidor se colocasse contrário. Pelo que se viu, os servidores do Supremo vão não só continuar, mas intensificar a pressão sobre os ministros pela aprovação do PL 6613/09.

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