Assembleia rejeita greve por tempo indeterminado

Depois de quase um mês trabalhando para a construção de uma greve por tempo indeterminado com objetivo de forçar a aprovação do PL 6613/09, a diretoria do Sindjus perdeu a votação realizada na tarde de ontem (6) durante assembleia-geral do Judiciário. Na verdade, quem perdeu foi a nossa categoria. Pois era o momento ideal de respondermos à altura os ataques que estamos sofrendo do Executivo e pressionarmos o STF pelo julgamento do Mandado de Segurança.

O Sindjus sabia dos obstáculos à realização da greve. Já na reunião de delegados sindicais realizada na última sexta-feira (2), os representantes de cada local de trabalho apresentaram as dificuldades pela aprovação de uma greve por tempo indeterminado. O fato de alguns setores do TJDFT ainda conviverem com a reposição de hora em hora da greve passada e do TST não ter resolvido a questão do corte de ponto das três greves anteriores e da proximidade do recesso já eram elementos desmotivadores conhecidos, mas que seriam contornados. Era entendimento da diretoria de que a greve respeitaria os limites de cada órgão.

No entanto, a grande novidade da assembleia de ontem foi a mudança abrupta de posicionamento de alguns servidores que se autointitulam do agrupamento – Luta Sindjus – que nacionalmente é filiado ao PSOL/PSTU. Eles que sempre defenderam a greve, agora recuaram. Pior, entraram em contradição. Na verdade, numa posição política tacanha, defendem, independentemente do que está em discussão, justamente o contrário da Diretoria Colegiada. Esse é o modo como fazem política.

Também se colocaram contra a realização da greve aqueles servidores pró-subsídio que desde o início da nossa luta fazem campanha contra a aprovação do PL 6613/09. Desse modo, embora esvaziada (muitos servidores perderam a oportunidade de decidir o próprio futuro) a assembleia foi uma das mais tensas já realizadas pelo sindicato. Ao contrário de discutir o melhor para a categoria, a assembleia foi palco de disputas políticas que não faziam o menor sentido naquele momento.

A poucos dias da definição da LOA-2012, ainda resta esperança de aprovarmos o PL 6613/09. A assembleia aprovou uma paralisação de 72h, nos dias 13,14 e 15. Enquanto isso, os diretores vão continuar o trabalho de articulação junto aos ministros do STF para que o MS possa ser levado a julgamento e junto aos parlamentares, no intuito de viabilizar a inclusão do nosso reajuste no Orçamento e sua votação na CFT.

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