Sindjus participa da reunião de transição no TSE com ministra Carmem Lúcia

No início da noite de ontem (26), os coordenadores-gerais do Sindjus Ana Paula Cusinato, Berilo Leão e Cledo Vieira reuniram-se com a ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE na última semana de abril. Essa reunião de transição, que contou também com representantes da Fenajufe, teve por objetivo criar um canal de interlocução entre a nova presidenta e representantes dos servidores.

Logo no início da conversa, os coordenadores apresentaram à ministra o histórico do PCCR, ressaltando que os servidores contam com a atuação efetiva da nova presidenta do TSE nas negociações tanto com o Congresso Nacional quanto com a presidenta Dilma.

Ao discorrer sobre o PCCR, Ana Paula destacou: “Com o objetivo de valorizar nossa carreira temos como resolução do VI Congresso do Sindjus buscar a equiparação com carreiras análogas do Executivo e Legislativo. O PCCR ainda não fará isso, mas é urgente aprová-lo para amenizar nossa defasagem salarial. Sobre as negociações, nossa categoria é a única a ter de negociar com os Três Poderes para ter reajuste, o que nos impõe muitas dificuldades. E para nós o TSE é um tribunal estratégico, tanto que o PCS de 2002, que teve o maior reajuste de nossa história, foi negociado pelo próprio presidente do TSE à época, o ex-ministro Nelson Jobim. Por tudo isso, há grande expectativa dos servidores quanto à atuação de Vossa Excelência no processo de aprovação do PCCR.”

A ministra Cármen Lúcia afirmou que pretende sim, logo que empossada, envolver-se nas negociações, ajudando a construir a solução para o PCCR. Prova disso é que fez questão de convidar os representantes dos servidores para abrir o canal de comunicação.

Movimentação Extraordinária

Ana Paula também aproveitou para apresentar à ministra a demanda da movimentação extraordinária, informando que o Sindjus deu entrada em requerimento no TSE sobre esse tema no início de março: “A movimentação extraordinária é o resgate de um instrumento utilizado em vários tribunais, até 2001, para amenizar a defasagem salarial, especificamente para servidores que ainda não estão em final de carreira, fase em que há maior evasão. Queremos agora apenas sensibilizá-la para que possamos discutir a movimentação extraordinária no TSE logo no início de sua gestão”.

Bastante receptiva, a futura presidenta reafirmou que estará aberta para nos ouvir e negociar as demandas do sindicato: “Fui advogada de sindicato, do sindicato dos professores de Minas, e conheço como funciona essa relação. Minhas portas estarão abertas para o diálogo com vocês.”

A ministra Cármen Lúcia será a primeira mulher a assumir a presidência do TSE em 67 anos de história do Tribunal e conduzirá o processo eleitoral deste ano, em que serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios.

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