Jornal de Brasília: Paralisação amanhã

Amanhã, os servidores públicos federais prometem agitar a Esplanada dos Ministérios, a partir do meio-dia, no Dia Nacional de Luta. A concentração será em frente ao Palácio do Planalto. Pela manhã, a previsão é de que diversos órgãos do Governo Federal parem, já que vários setores já estão mobilizados, como o Arquivo Nacional, Cultura e vinculados, DNPM, Funai, HFA, MDA/ Incra, Mec, Meio Ambiente, MFazenda, MJustiça, MTE, Saúde e Funasa, SRTE, além dos aposentados, demitidos do Governo Collor, anistiados e PDVistas. O protesto é uma prévia da greve geral marcada para o dia 9 de maio, onde servidores de todo País vão questionar a política de reajuste do Governo Dilma. Até agora, o governo, em todas as reuniões de negociação, tem apostado no discuros da austeridade, negando aos funcionários públicos o atendimento das reivindicações.

REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO
Hoje, no final da tarde, entidade que representa os servidores têm reunião agendada com integrantes da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento para tratar das demandas da Imprensa Nacional, Arquivo Nacional, AGU, PECFAZ, PEC/ Cultura, Incra, Funai, DPRF, DFMM, MEC, Mapa, MJustiça, Embratur, DPU, HFA, MRE e MTE. Na quinta-feira, outra reunião, dessa vez para discutir a Lei 12.277/10 e outras demandas como a Gacen, Gratificação Sesai e empregados públicos. O governo ficou de encaminhar a agenda para tratar das reivindicações de outros setores.

EXTENSA PAUTA
A pauta de reivindicações dos servidores públicos federais inclui melhora salarial, correção de distorções, paridade e definição de data-base. “Mantemos nossa posição. Se não houver flexibilidade por parte do governo, vamos decretar paralisação geral. Queremos mobilizar todos os servidores”, destaca Josemilton Costa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público (Condsef). O Ministério do Planejamento, por sua vez, alega que será difícil abrir o cofre em um momento de incertezas econômicas e financeiras, diante do atual cenário internacional.

REAJUSTE SÓ EM 2013
O Ministério do Planejamento reforça o discurso de que só negocia reajuste com servidores para o contracheque de 2013 e continua. Atualmente, a folha de pagamento considerado o Poder Executivo, o que inclui servidores civis e militares, o Legislativo e o Judiciário – custa cerca de R$ 200 milhões por ano ao governo. O montante equivale a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB). E, conforme o secretário, o alto percentual faça com que cada movimento de reajuste salarial precise ser bastante calculado. A ordem atual é que o crescimento dos gastos não ultrapasse a relação com o PIB nominal.

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