Ofensiva do governo na imprensa indica continuidade da estratégia de enrolar o Judiciário

O ministro Ayres Britto assumiu a presidência do Supremo buscando negociar com o Executivo a aprovação do PL 6613/2009. Mesmo diante dos constantes apelos feitos pelos servidores do Judiciário no sentido de garantir a aprovação do PL 6613/2009 na CFT e daí conseguir negociar em outro patamar, o ministro optou pela linha mais “cavalheira”.

Reuniu-se com a presidência da República, Dilma Rousseff, e pediu aos deputados da CFT mais um prazo aos servidores para concluir as tratativas. Diplomático, preferiu não revelar o conteúdo das conversas sob a justificativa de não prejudicar as negociações.

No entanto, matéria do Correio Braziliense desta segunda-feira (18), reforça a denúncia feita meses atrás pelo Portal IG e coloca em contradição o processo de negociação entre Dilma e Ayres. Como o governo pode estar disposto a negociar nosso reajuste se declara que vai utilizar a Lei de Acesso à Informação, com divulgação nominal do salário dos servidores, para ter o apoio da opinião pública contra reajustes salariais do funcionalismo?

Matéria publicada no Portal IG, datada do dia 03 de maio de 2012, denunciou que a estratégia do governo é a de “escapar” da votação do PL 6613/09. A matéria revelou a estratégia de derrubar o quórum na Comissão de Finanças e Tributação como forma de impedir a votação. O que estamos vendo desde então?

Na época, o Sindjus repercutiu essa matéria, que comprovava o discurso feito pela entidade, e fez questão, por meio de ofício encaminhado ao presidente Ayres Britto, de avisar ao novo presidente do STF da forma como o Palácio do Planalto costumava agir. Citou, por exemplo, que após interferência da presidência da República o PMDB, que havia se comprometido com o ministro Cesar Peluso, então presidente do Supremo, a aprovar nosso reajuste, retirou um apoio já declarado.

Somente uma greve forte, com adesão maciça dos servidores de todo o Poder Judiciário, poderá mudar essa grave situação de desrespeito e descaso com a nossa categoria. Servidor, nesta quarta-feira (20), “diga não” a essa enrolação. Paralise suas atividades por 24 horas e estimule seus colegas a fazerem o mesmo. E não se esqueça de participar dos atos convocados pelo Sindjus. Com união e mobilização vamos dar uma resposta a todos aqueles que insistem em obstruir a nossa valorização.

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