Jornal de Brasília: Semana decisiva

Semana decisiva para os servidores públicos federais.
Amanhã, acaba o prazo estabelecido pelo próprio
Ministério do Planejamento para fazer uma proposta à
categoria. Trata-se, entretanto, de um prazo provável,
mas não 100% certo. O que se sabe, até agora, é que o
governo só aceita discutir com os servidores em greve
mecanismos que preservem o poder de compra dos
salários. Nada além disso. Portanto, é forte a ideia de
que seja anunciada a concessão de reajuste linear (num
mesmo percentual) para todo o funcionalismo. A
exceção a essa regra seria para professores universitários
e militares, que teriam reajustes diferenciados.

A política salarial para o funcionalismo em 2013 será
delineada somente neste mês de agosto, prazo limite
para envio da proposta orçamentária ao Congresso. Não
está na pauta de negociação do Palácio do Planalto
temas como recomposições salariais ou ajustes de planos
de cargos e salários. A ordem é reduzir ao máximo os
impactos de um reajuste salarial que englobe os três
poderes nas despesas do Tesouro Nacional.

Por isso, uma proposta em discussão é escalonar
os reajustes em vários anos, inclusive para os
servidores do Judiciário, por exemplo. Essa estratégia
foi muito usada durante os dois períodos do
presidente Lula no comando do País. Números do
governo mostram que os reajustes concedidos aos
funcionários públicos federais desde 2003 superam a
inflação do período. Ou seja, nenhum servidor teria
perdido renda nos últimos dez anos.

Qualquer que seja o cenário, os servidores
promovem, amanhã, um Dia Nacional de Luta que será
uma grande vigília pela apresentação de respostas
concretas do governo às principais reivindicações da
categoria. A concentração para a atividade será as 9h,
em frente à Catedral. De lá todos os setores em greve e
mobilizados vão seguir para o Ministério do
Planejamento. Hoje, às 16h, os servidores vão se unir
para outro ato na rodoviária do Plano Piloto. Lá serão
distribuídos panfletos à população explicando os
motivos da categoria para conduzir uma greve geral do
setor público.

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