Já demos todos os votos de confiança que tinham de ser dados.

Nada de suspender a greve!

O Sindjus repudia a manobra realizada pela diretoria-geral e pela secretaria-geral da presidência do Supremo Tribunal Federal com o objetivo de abortar a greve no STF, sob a justificativa de que os servidores devem dar um voto de confiança à direção do tribunal até o dia 20 de agosto.

A categoria já concedeu todos os votos de confiança pedidos pelo STF de 2009 até 2012. O primeiro foi dado ao ministro Gilmar Mendes, que pediu que nossa categoria aceitasse reduzir de 80% para 56% seu reajuste, atendendo à exigência da magistratura, com a desculpa de que a concessão possibilitaria uma rápida aprovação do projeto. Em 2010 o presidente do STF ministro Cezar Peluso garantiu que havia um acordo entre o Executivo e o Judiciário para aprovar o projeto depois das eleições de 2010. Em 2011 a categoria confiou que o STF faria valer sua autonomia administrativa e orçamentária. E novamente nada aconteceu!

Desde que tomou posse o ministro Ayres Brito vem pedindo confiança. Na última audiência, o próprio ministro entendeu que nossa greve era fundamental para que a negociação realmente se efetivasse. Mas, para nossa surpresa, aparecem o diretor geral e o secretário geral da presidência do STF em meio a nossa greve pedindo voto de confiança. Confiar em quê? Nem uma formulação em que devemos confiar eles apresentam? A postura de tentar afastar os servidores da greve segue a mesma intenção de deixar a nossa categoria de fora do processo de negociação, como ocorreu no ano passado. Todos sabem que, depois do dia 15, quem não tiver o reajuste amargará a exclusão do reajuste para o próximo ano. Quem não se lembra que aconteceu desse jeito no ano passado?

Precisamos reforçar e não enfraquecer a luta pela aprovação do nosso PCCR.

Os servidores do STF, que pertencem a um tribunal estratégico para o nosso movimento grevista, precisam dizer não a esses cantos da sereia. A greve no Supremo deve continuar, para exigir fatos concretos de um tribunal que até agora só fez promessas. Somente com a união de todos os locais de trabalho conseguiremos aprovar o nosso reajuste.

Não há motivo para os servidores do STF saírem da greve. O Sindjus afirma com todas as letras que a greve no Supremo vai continuar a todo vapor. Para tanto, vai seguir promovendo arrastões de conscientização e outras atividades voltadas para os servidores do STF. Nosso objetivo é paralisar o Supremo Tribunal Federal o mais rápido possível.

Sindjus

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