Manter a greve, enquanto preparamos uma resposta para a próxima terça-feira

Os próximos passos da categoria, até a terça-feira da semana que vem, serão decisivos para definir a nossa vitória ou a nossa derrota.

O governo ofereceu 15,8% a serem pagos em três anos. É muito pouco, pois não cobre nem metade da inflação acumulada nos últimos seis anos.

O presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, propôs complementar a proposta do governo, com o aumento da GAJ de 50% para 100% e com a redução do número de padrões, de 15 para 13, o que resultaria num aumento de 33% ao final de três anos. A proposta do Supremo é insatisfatória, pois a categoria exige 56%. Por isso a proposta foi rejeitada por ampla maioria na assembleia realizada na quarta-feira.

É preciso avaliar com cuidado a situação. Nossa greve, embora sem a participação de toda a categoria, derrotou o reajuste zero. E, na prática, a reconhecer que a sua política de arrocho salarial fere o princípio constitucional da recomposição anual das remunerações dos servidores.

Por outro lado, a legalidade e a legitimidade de nosso movimento foram reconhecidas pelo presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres Britto. Ele agiu de maneira muito mais positiva do que o presidente anterior. Desta vez, o presidente do Supremo se mexeu, ainda que de maneira moderada.

O Ministério do Planejamento tem até amanhã para encaminhar ao Congresso o projeto da Lei Orçamentária Anual. Talvez antecipe o encaminhamento para hoje. O que esse projeto conterá? Só a proposta do Executivo? A proposta do Executivo mais o complemento solicitado pelo Supremo? Sem a previsão dos reajustes no orçamento, nossos Planos de Carreira não poderão ser votados no Congresso Nacional.

Até que tenhamos dados mais concretos, a saída é manter a greve, com o máximo de força, até a assembleia da próxima terça-feira, dia 4, às 16h, quando o campo de batalha estará no Congresso e não mais no Ministério do Planejamento.

Até lá, vamos reforçar os piquetes, os arrastões solidários, a pressão corpo a corpo.

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