Campanha pelo Berçário de Samambaia contagia servidores

Marcando a campanha pela manutenção do Berçário de Samambaia, nesta terça-feira (4) o Sindjus promoveu um belo ato no Fórum, atraindo o apoio de usuários da Justiça, juízes, promotores e advogados.

Desde o início da tarde, os coordenadores do Sindjus José Oliveira (Zezinho) e Sheila Tinoco conversaram com os servidores nos cartórios e unidades administrativas acompanhados de um grupo de teatro que trouxe humor e leveza à atividade sem deixar de fazer a defesa firme da manutenção do berçário do Fórum de Samambaia.

O ato de solidariedade, que teve início às 16 horas, reuniu pai carregando sua filhinha que é usuária do berçário, servidora grávida, atuais e futuras mamães e papais contra o fechamento do berçário, determinado pela Portaria GRP 616, de 13 de maio de 2013. Um ato não só pela manutenção de um abrigo para os pais poderem trabalhar, mas por uma infância digna.

Preocupação

Com a pequenina Luna nos braços, o oficial de justiça Paulo Garcia afirmou que a portaria contraria decisões de juízes, por exemplo, no sentido de garantir UTI e remédio de alto custo. “O princípio da dignidade da pessoa humana que é aplicado aos jurisdicionados deve ser extensivo aos servidores”, exclamou pedindo tratamento isonômico. Paulo não conteve o choro e a preocupação com o futuro da filha.

Por falar em emoção, as lágrimas de Valéria Lopes de Sousa, cujo berçário poderia ter mudado o destino de seu filho, morto aos oitos meses, vítima de engasgamento, na época em que o espaço estava em construção, não podem ser em vão. “Tem muitas mães em casa, de licença, que estão confiando que quando voltar vão poder contar com o berçário, um lugar que pode ser decisivo para a vida de seus filhos”, afirmou.

Servidores que planejam ter seus filhos incentivados pela existência do berçário, também fizeram questão de levantar essa bandeira. Os olhos de menina de Bruna Ferreira se iluminam toda vez que ela diz “quero ter neném”. Só que para esse desejo se realizar, enfatizou: “quero ter neném e que ele fique no berçário do Fórum”.

Incoerência

O próprio Programa de Assistência MaternoInfantil (Pro-Ami), criado pelo TJDFT, estimula novas gestações quando traz, entre suas finalidades, “acolher os bebês de magistradas(os) e servidoras(es), durante o expediente de trabalho, em um ambiente que seja saudável, seguro, agradável, que incentive e que possibilite o aleitamento materno (…)”

A gravidíssima Karina Meneses disse que a experiência de colegas com o berçário a fez antecipar a vinda do segundo filho. “Fiz todo o planejamento e agora estou completamente desapontada. A dois meses do nascimento de minha filha não sei com quem deixá-la. Mas tenho esperança de o berçário não fechar”.

Ações

O Sindjus tem atuado em várias frentes para garantir essa esperança. Além de abaixo-assinado que envolveu todos os servidores do Fórum de Samambaia e de reuniões com a administração do tribunal, Jailton Assis explicou que o sindicato já entrou com ação judicial para manter a idade limite dos berçários para um ano e seis meses, outro problema da Portaria.

Ana Paula Cusinato informou que o sindicato tem buscado saídas para esse impasse, como a proposta de parceria de utilização/manutenção do berçário com a Promotoria da cidade. Sheila Tinoco, falando em nome da unidade, chamou a atenção para a importância do envolvimento de cada um nesta campanha que diz respeito a uma conquista da categoria e a um avanço social de toda a classe trabalhadora.

Apelo

A juíza-diretora do Fórum, Lilia Rodrigues, afirmou aos servidores e coordenadores que é sensível à luta e inclusive se beneficiou do berçário de Brasília. Elogiou a demonstração de interesse dos servidores em torno dessa causa e disse que já procurou a corregedoria.

Jailton Assis, que passou cópia do abaixo-assinado dos servidores de Samambaia às mãos da juíza, pediu empenho da diretoria do Fórum. Afirmou que, além desse abaixo-assinado dirigido ao presidente do Tribunal, há um eletrônico no site do Sindjus voltado à solidariedade de todos os servidores do Judiciário e do MPU.

Participe

Agora é a sua vez de apoiar esta luta pela manutenção do berçário de Samambaia.

Você pode registrar sua reclamação na Ouvidoria do Tribunal – [email protected] – e assinar a petição eletrônica .

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