Ato Conjunto do MPU: Pelo Envio da Proposta de Reajuste ao Congresso

28.05 às 15h na PGR

Não dá mais pra esperar! Desde que assumiu o cargo de procurador-geral da República, Rodrigo Janot, promete trabalhar pela valorização dos servidores. Mas até então isso não passou de discurso. O tempo passa, o prazo para envio das prévias orçamentárias se aproxima, e até agora Janot nem viu a proposta de GAMPU 190% feita pelo Sindjus.

Precisamos nos mobilizar e pressionar o PGR para que nossa proposta de reajuste seja enviada ao Congresso ainda em maio. O Judiciário, que começou a discussão depois do MPU, caminha a passos largos para isso. Vamos ficar pra trás? Já passou da hora de Janot mostrar seu comprometimento com essa categoria. Nós vamos cobrar.

Participe, no dia 28 de maio, às 15h, na PGR, de Ato Conjunto pelo envio imediato da proposta de reajuste ao Congresso Nacional. Um ato para todos os servidores do MPU em torno de uma proposta de reajuste que veio para unificar a categoria. É uma só luta. Entidades representativas abraçaram a proposta levantada pelo sindicato e há consenso de que o melhor para categoria é a GAMPU 190%.

Que seja um ato para acordar o PGR que ainda cochila no que diz respeito à defesa dos interesses dos servidores. Depois de Era Gurgel precisamos que Janot se empenhe para resgatar tudo o que perdemos desde 2006. Depois de ter mais de 50% do nosso salário corroído pela inflação, o envio imediato da proposta do nosso reajuste salarial ao Congresso é o mínimo que esperamos do procurador-geral da República.

Sindjus cobra celeridade no fechamento da proposta

A segunda reunião do Grupo de Trabalho sobre reajuste dos servidores do MPU, realizada no dia 22, frustrou toda e qualquer expectativa em relação ao fechamento da proposta uma vez que o responsável pelo GT, o secretário-geral adjunto Danilo Dias, diferentemente do combinado na última reunião (6), ainda não conversou com o procurador-geral Rodrigo Janot sobre esse tema. Quinze dias se passaram desde a primeira reunião e o PGR, segundo o secretário-geral adjunto, ainda não sabe sobre a GAMPU de 190% proposta pelo Sindjus.

Levando uma tabela de reajuste fechada junto à direção do Sindjus, a coordenadora Ana Paula Cusinato cobrou o empenho do secretário-geral adjunto no sentido de que a categoria depois de oito anos de desvalorização salarial precisa de uma proposta concreta para ser levada imediatamente ao Congresso Nacional. “De 2006 para cá, só acumulamos perdas salariais. Tivemos os 5% ao ano a partir de 2013, mas isso não cobre nem a inflação. Não podemos mais esperar”, exclamou.

Verso

Impacto da GAMPU 190% é menor que inflação

O secretário-adjunto afirmou, com base nos estudos técnicos realizados sobre a proposta da GAMPU de 190%, que o impacto será um problema no Congresso Nacional, uma vez que o MPU já tem outros projetos de criação de cargos que implicam também na questão financeira. Chegou a dizer que essa proposta tem impacto de 30%. Só que esqueceu de dizer que a perda inflacionária é de 50%. Isto é, os custos com a valorização dos servidores seriam menores que as perdas causadas pela inflação.

Não se pode pensar que o impacto é fruto de um ano, mas de sete anos sem reajuste. Os 5% ao ano que o governo concedeu em 2012 não chega a cobrir a inflação. Portanto, o impacto é resultado da política de descaso com os servidores do MPU que, diferentemente de outras categorias, tiveram sua remuneração congelada. A administração precisa trabalhar justamente uma forma de vencer o discurso de impacto que é a desculpa mais usual do governo para nos manter no arrocho.

Ao secretário-adjunto, Ana Paula defendeu que os valores da GAMPU de 190% sejam mantidos mesmo que a negociação imponha o parcelamento, desde que curto, uma vez que os servidores preferem receber parcelado a verem a redução da tabela: “Reduzir a tabela é um retrocesso. O importante é que enviemos uma proposta com o reajuste que nos permitirá sair desse fosso de desvalorização e nos aproximarmos de carreiras análogas. O cenário exige pressa e o discurso de impacto é do governo e não do MPU, que precisa trabalhar para superar as dificuldades que serão encontradas, como nos planos passados, no Congresso”.

Foco é no reajuste

O secretário-adjunto pediu que o sindicato também encaminhasse propostas capazes de valorizar os servidores sem causar impacto orçamentário, como a redução do prazo de remoção. Ana Paula exclamou que é importante discutir a valorização do servidor como um todo, mas que é necessário, agora, focar no reajuste salarial.

O Sindjus vai encaminhar essa pauta de interesse dos servidores e vai discutir cada um desses pontos com a administração, no entanto, não vai permitir que esse debate protele o envio da proposta.

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