Sobradinho aposta na pressão para que Judiciário negocie com Planalto

A assembleia setorial do Fórum de Sobradinho, realizada na tarde desta segunda-feira (16), foi marcada por um debate de alto nível, com a participação ativa dos servidores, que opinaram e perguntaram sobre muitas questões, como o andamento das negociações, o calendário do Congresso Nacional e os prazos orçamentários.

Em relação ao andamento da negociação, o sindicato explicou que a reunião com o novo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, ainda não foi viabilizada, mas que o Sindjus já fez uma conversa prévia com o vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para estreitar a relação e assim que ele tomar posse como presidente o sindicato voltará a procurá-lo para discutir os encaminhamentos da negociação com o Executivo.

Os coordenadores Jailton Assis, José Oiveira (Zezinho) e Sheila Tinoco ressaltaram que o avanço nas negociações, principalmente no que diz respeito à garantia do orçamento, depende em muito da mobilização da categoria. O servidor Salim Nader afirmou que a greve deve ser histórica, com a participação em massa dos servidores, pois não há a menor possibilidade de se fazer uma greve fraca para enfrentar a política de arrocho imposta pelos governos desde 2006. Por isso, a direção enfatizou a importância de todos se envolverem nessa paralisação de 24 horas do dia 16 de julho.

Para ilustrar ainda mais a importância de que o espírito de mobilização seja intensificado a cada dia, o sindicato informou que em audiência pública, no dia 10 de junho, realizada na Câmara dos Deputados, com foco na valorização salarial dos servidores do MPU, o governo voltou a dizer que não há qualquer previsão de reajuste para 2015 além dos 5% restantes daquele parcelamento que Dilma empurrou goela abaixo dos servidores e a cúpula do Judiciário aceitou.

No entanto, Jailton, que participou da audiência em questão, frisou que os representantes da administração (PGR) defenderam o reajuste dos servidores e que acredita que um trabalho conjunto entre o futuro presidente do STF, ministro Lewandowski, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, podem garantir a negociação orçamentária necessária junto ao Executivo, viabilizando assim a aprovação do PL no Congresso Nacional.

O Sindjus vai continuar buscando a conversa com Toffoli e monitorando o Legislativo, consciente de que é necessário haver um movimento forte por parte da categoria que respalde a negociação entre os presidentes dos tribunais e o Executivo. Os servidores do Fórum de Sobradinho reafirmaram o entendimento de que só a pressão da categoria é capaz de mover a cúpula do Judiciário em direção ao acordo com o Palácio do Planalto.

Sobradinho tem dado exemplo de mobilização, comparecendo em peso e com atitude em todos os atos e assembleias. O delegado Marcelo Novaes explicou o posicionamento do Fórum na assembleia-geral do dia 3 de junho defendendo a paralisação do dia 16 de julho e assembleia com indicativo de greve, desabafando que não admite que a categoria seja colocada como massa de manobra, pois defende os servidores como protagonistas desse processo. E é exatamente isso que a direção quer: que os servidores assumam, abracem e levem adiante essa luta até a vitória.

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