Brasil Notícia: Servidores do Judiciário do DF decidem paralisar atividades em agosto
Ao som de buzinas, apitos, faixas e cartazes funcionários da Justiça no Distrito Federal decidiram por ampla maioria entrar em greve por tempo indeterminado a partir de 6 de agosto. A decisão foi tomada por cerca de 300 servidores do Judiciário e do Ministério Público do Distrito Federal que se reuniram por duas horas em frente ao prédio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na Praça dos Tribunais. A principal reivindicação dos trabalhadores diz respeito à reestruturação do salário da categoria.
De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindjus-DF), Jailton Mangueira Assis, seriam necessários ao menos 30% de reposição salarial. “Já estamos há mais de 8 anos sem reajuste e o governo decidiu por um aumento de apenas 5% em 2013 e neste ano de 2014 para todos os servidores federais quando precisamos de, no mínimo, 40% para suprir todas as perdas que tivemos durante todo esse tempo”, afirmou Jailton.
Ricardo Padue/Brasil Notícia
Jailton Magueira Assis – Coordenador Geral do Sindjus DF
Para Sindjus, o aumento linear de 5% dado pelo Governo em nada beneficia a categoria que precisa urgentemente de uma reestruturação para evitar que os servidores percam ainda mais poder aquisitivo. A entidade defende que primeiro é preciso ajustar os salários de cada categoria.
Segundo Cledo Faria, um dos diretores do Sindijus-DF, a greve tem o objetivo de pressionar os presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais superiores a cobrarem do Executivo a aprovação ainda em 2014 de um Orçamento que contemple a reivindicação de todos que trabalham na Justiça brasileira. “agosto é o mês da pressão. Vamos cobrar dos representantes do Judiciário para exigirem do Governo Federal recursos suficientes que atendam as nossas necessidades.
O Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) há mais de 13 anos, Carlos Costa defende plano de carreira para os servidores. “O que defendemos é que todos que ocupem os mesmos cargos e desempenhem atividades semelhantes recebam salários e vantagens equiparadas. E infelizmente não é isso que quer o Supremo Tribunal Federal que já aprovou proposta que prevê diferenças entre esses trabalhadores”, reclamou Carlos.
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