Jornal de Brasília: Judiciário em greve por tempo indeterminado

Os servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) no Distrito Federal entram em greve hoje, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia-geral da categoria ocorrida no dia 16 de julho. O objetivo é fazer com que os presidentes dos tribunais superiores e a Procuradoria-Geral da República busquem a negociação com a presidente Dilma Rousseff, para garantir a inclusão orçamentária do reajuste da categoria e o respeito à autonomia do Judiciário e do MPU.

Sem negociação

A categoria argumenta que não houve negociação alguma entre a cúpula do Judiciário e do MPU e o Palácio do Planalto no que se refere ao reajuste dos servidores. E argumenta que “só com a pressão da categoria, que está unida e indignada com o desrespeito do Executivo, a falta de vontade política do Legislativo, e a omissão da cúpula do Judiciário/MPU, haverá inclusão das propostas orçamentárias no Projeto de Lei Orçamentária Anual, que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o dia 31.

Perda de 40%

Há oito anos os servidores do Poder Judiciário e do MPU perdem para a inflação, conforme argumenta a categoria. O último Plano de Cargos e Salários da categoria foi aprovado em 2006. De lá para cá, as perdas inflacionárias estão acumuladas em 40%.

Assembleia-geral

Para marcar o início da greve, os servidores vão se reunir, hoje, em assembleia-geral, às 15h, na Praça dos Tribunais (SAUS). O dia a dia da greve será marcado por piquetes de convencimento na entrada dos prédios, assembleias de avaliação e atos. Amanhã, às 15h, em frente ao STF, haverá um ato para cobrar os chefes do Poder Judiciário e do MPU a impor sua autonomia e buscar a negociação do reajuste.

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