Panelaço ocupa STF e DG do Supremo confirma prazos da negociação dado por Janot

Os servidores do Poder Judiciário e do MPU ocuparam a Praça dos Três Poderes com panelas, frigideiras, latas, tampas e buzina fazendo muito barulho em frente ao Supremo Tribunal Federal para chamar atenção do presidente Lewandowski e dos demais ministros do STF para a necessidade de garantir a aprovação do reajuste da categoria.

Um grupo de manifestantes derrubou as grades e invadiu a área restrita do STF fazendo muito barulho diante dos seguranças e da PM, que, desta vez, não reagiram com violência. O grupo ocupou essa área que fica ao lado direito da rampa do STF até o momento em que o diretor-geral Amarildo Oliveira informou que receberia o Sindjus se houvesse a desocupação do local. De forma pacífica, mas com muito barulho, os grevistas passaram para o outro lado das grades.

Negociação só depois do dia 11

O diretor-geral informou que o ministro Lewandowski tem cumprido todos os passos para viabilizar o reajuste, faltando apenas o passo principal que é falar com a presidenta Dilma Rousseff. Explicou que isso não aconteceu ainda porque ele faz questão de negociar com a chefe do Poder Executivo depois que tomar posse oficialmente como presidente do STF, o que acontecerá na quarta-feira (10).

Amarildo informou também que foi designado pelo ministro para encaminhar as questões judiciais da quebra da autonomia orçamentária constitucional por parte do Executivo junto às associações de magistrados e MPU. Falou também que o presidente Lewandowski tem conhecimento da ação que está sendo construída pelo Sindjus/Fenajufe. Isto é, o presidente do STF quer o reforço de uma ação judicial para conversar com a presidenta Dilma.

A conversa com o DG do Supremo foi na mesma linha do que foi conversado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no dia 2 de setembro. Há certeza de que há uma estratégia conjunta de negociação, porém há prazos impostos pelo ministro Lewandowski que não negocia antes de sua posse.

Reflexão sobre ato do dia 10

Amarildo também colocou uma preocupação ao Sindjus e pediu que fosse passado aos grevistas a possibilidade de não realizar ato no dia da posse do ministro Lewandowski como presidente, na quarta-feira (10). No entender do DG, o ministro tem demonstrado disposição em viabilizar o reajuste dos servidores, uma vez que vem cumprindo todos os passos, mas teme que ao contrário de conquistar avanços, o ato traga retrocesso à negociação, pois ninguém gosta que momentos importantes de sua vida sejam manchados por manifestações e protestos. Para o sindicato essa reflexão tem que ser levada ao Comando de Greve e à Assembleia para que as melhores estratégias sejam adotadas visando a conquista do nosso reajuste.

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