DG do STF garante ao Sindjus que Lewandowski não aceita redução da tabela

O diretor-geral do STF, Amarildo Oliveira, informou aos coordenadores do Sindjus Cledo Vieira e Jailton Assis, acompanhados do presidente do Sisejufe, Valter Nogueira, e dos coordenadores da Fenajufe Roberto Ponciano, Maria Eugênia e Tarcísio Ferreira, em reunião na tarde desta sexta-feira (14), que já apresentou ao presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, no dia de ontem, alternativas à viabilização do reajuste salarial de magistrados e servidores sem alteração de tabela.

Foi enfático ao afirmar que se há alguma aceleração ou entendimento de que está mais fácil aprovar o reajuste dos magistrados do que o dos servidores isso é devido à conjuntura do Congresso Nacional, no que diz respeito à vontade política de abrir caminho para o reajuste dos parlamentares, e não em razão de qualquer diferenciação de empenho por parte do presidente Lewandowski ou do próprio STF.

Amarildo reforçou que não há distinção de tratamento na luta de magistrados e servidores e tem certeza de que foi nesse sentido que o presidente Lewandowski falou aos coordenadores do Sindjus e da Fenajufe, em Santa Catarina. O diretor-geral destacou que nesses anos todos em que está no STF nunca viu um presidente tão determinado a conquistar o reajuste para os servidores, afirmando que Lewandowski está fazendo todas as articulações possível para viabilizá-lo.

Novos cálculos

Durante esta semana, Lewandowski avançou nas suas articulações a nível ministerial. Embora não tenha revelado nomes, Amarildo sinalizou que o presidente conversou provavelmente com ministros da área econômica e com o chefe da Casa Civil. No entanto, informou que como resultado dessas conversas que há necessidade de redução do impacto financeiro para 2015, o que levou o presidente do STF a solicitar novos cálculos ao DG.

Esses dados foram apresentados no dia de ontem (13), com duas opções: a primeira mantém as datas originais do parcelamento invertendo a aplicação dos percentuais; a segunda, atrasa ainda em alguns meses a implementação do início do reajuste, mas assegura a primeira das seis parcelas ainda em 2015.

Como se pode observar, em nenhuma das opções há redução da tabela, exigência do próprio presidente Lewandowski, que defende a integralidade da tabela.

Ida ao Planalto

O coordenador-geral do Sindjus Jailton Assis sugeriu que o ministro Lewandowski procure imediatamente a presidenta Dilma para encerrar as negociações garantindo o reajuste dos servidores. Informou que no dia 19 os servidores realizarão um ato na Praça dos Poderes justamente para cobrar a concretização desse acordo.

Também explicou ao DG que a articulação, construída inclusive em conjunto com o STF, pelo requerimento de urgência ao PL 7920 deu resultado e caso o PL dos magistrados vá ao Plenário, pede-se que o ministro chame o Colégio de Líderes e demonstre seu compromisso com a aprovação conjunta dos projetos de lei dos magistrados e dos servidores. Jailton ressaltou que o foco, neste momento, é o fechamento do acordo com o Executivo, com Lewandowski procurando Dilma, mas caso o PL 7917 avance até mesmo pela pressão dos parlamentares, a categoria já tem o requerimento de urgência como remédio para que ambos os projetos sejam aprovados.

O coordenador-geral do Sindjus e da Fenajufe, Cledo Vieira, afirmou ao DG que conforme combinado em Florianópolis, com o presidente do STF, já foi requerido formalmente o pedido de audiência com o ministro Lewandowski. O coordenador enfatizou que o ministro cumpriu, conforme informou Amarildo, o que havia prometido em Florianópolis, terça-feira (11), no que diz respeito ao aprofundamento das negociações com o Executivo, e que nós, servidores, também precisamos fazer a nossa parte que é continuar mobilizados, pressionando pelo reajuste.

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