Sindjus cobra reajuste de Lewandowski, que afirma continuar movimentações

Os coordenadores do Sindjus Jailton Assis, Sheila Tinoco e Ana Paula Cusinato estiveram, no final da tarde desta quinta-feira (15), reunidos com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para cobrar uma resposta do ministro sobre as movimentações no sentido de construir o reajuste dos servidores.

O ministro falou que fez reuniões até o último instante de 2014 com a equipe econômica do governo, chegando a conversar até mesmo com a presidenta Dilma, explicando as diferenças (salariais) existentes entre os servidores do Poder Judiciário com os de carreiras do Executivo e Legislativo.

Mais firmeza

Os coordenadores enfatizaram que o ele precisa ser ainda mais firme com a presidenta Dilma e refazer todo o percurso que fez até então junto aos ministros porque o ano orçamentário de 2014 continua em vigor em razão do PLOA ainda não ter sido aprovado.

Cobraram dele uma atuação mais enfática em relação aos novos ministros da área econômica para inclusão dos recursos do PL 7920 na LOA que deve ser votada a partir de fevereiro.

Reparar Injustiça

Lewandowski garantiu que tratou a pauta dos magistrados e dos servidores da mesma forma, afirmando que acredita que o reajuste dos juízes só saiu porque os parlamentares tinham interesse nessa pauta. Os coordenadores rebateram que, independentemente do esforço do ministro, o resultado é bastante claro: os magistrados conseguiram o reajuste e os servidores não e cabe a ele reparar essa tremenda injustiça.

O presidente do STF afirmou que já conversou com o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentando garantir a inclusão dos recursos do PL 7920 na LOA. Afirmou também que vai continuar as conversas iniciadas no Ministério do Planejamento, agora com o ministro Nelson Barbosa.

O ministro informou que segue dialogando com o relator-geral do Orçamento e acredita na possibilidade de inclusão dos recursos trabalhando junto ao Executivo.

Reajuste linear não serve

Os coordenadores reforçaram a necessidade urgente urgentíssima do STF ser mais incisivo contra a política de desvalorização dos servidores do Poder Judiciário adotada pela presidenta Dilma Rousseff, que insiste em tratar os servidores do Executivo, do Legislativo e do Judiciário com o mesmo reajuste linear, sendo que ao contrário das outras carreiras a nossa categoria teve seu último reajuste aprovado em 2006.

Explicaram ao ministro que, diferentemente dos magistrados e dos servidores do Executivo e Legislativo, os servidores do Judiciário não tiveram reajuste no segundo governo Lula. Portanto, o reajuste linear adotado pela presidenta Dilma só faz consolidar esse quadro de desigualdade e aprofundar o abismo salarial existente.

Ação dos 13,23%

Levando outras pautas de interesse da categoria ao ministro, que podem ser trabalhadas como alternativas à defasagem salarial, o Sindjus apresentou informações sobre o trânsito em julgado da ação dos 13,23%, que beneficia servidores da Justiça do Trabalho de todo Brasil. No entender do sindicato, a extensão administrativa desse percentual é um caminho a ser trabalhado uma vez que o PL 7920 ainda não foi aprovado.

Reajuste dos Auxílios

O Sindjus solicitou também o imediato reajuste dos auxílios creche e alimentação uma vez que a sanção da LDO traz a possibilidade da correção desses auxílios levando em conta o IPCA do ano anterior. O presidente do STF se comprometeu a aprovar o aumento de tais auxílios assim que a assessoria instruir o processo, inclusive designou o diretor-geral, Amarildo Oliveira, que também participou da reunião, para fazer o levantamento orçamentário.

Intensificar a mobilização para o ato do dia 2

Os coordenadores do Sindjus Jailton, Ana Paula e Sheila Tinoco reforçam a importância de todos os servidores participarem do ato convocado para o dia 2, data em que o STF realiza a cerimônia de abertura do Ano Judiciário, pois precisamos pressionar Lewandowski e Janot para que eles atuem com mais empenho não que diz respeito à inclusão dos recursos na LOA.

Como autoridades dos Três Poderes estarão presentes na solenidade, vamos cobrar da presidenta Dilma o fim da política de injustiça direcionada aos nossos contracheques. Mobilize seus colegas e vamos, juntos, fazer muito barulho exigindo respeito em relação às nossas reivindicações e à merecida valorização da nossa categoria.

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