Sindjus repudia truculência de militares do STM contra piquete

Assim como tem feito em todos os órgãos do Judiciário e do MPU, o Sindjus tem organizado piquete de convencimento no STM. No entanto, como já denunciado pelo sindicato outras vezes, o fato de muitos tratarem o STM como um tribunal militar gera episódios lastimáveis e prejudiciais aos servidores.

O piquete tem deixado a porta do STM entreaberta com um corredor de cadeiras, para o servidor que passar conversar com os grevistas. Tudo de forma pacífica. Ninguém impede ninguém de entrar. Apenas é feita uma conversa enquanto o servidor que não aderiu a greve passa por aquele corredor formado com cadeiras.

Um determinado militar, na terça-feira (16/6), passou de forma abrupta pelas cadeiras empurrou a porta com violência. Na quarta (17/6), ele empurrou as cadeiras agindo com autoritarismo. Neste dia, discutiu com o ex-diretor do Sindjus Beto Sampaio que participava do piquete e fez, posteriormente, uma representação contra ele e o sindicato.

Como consequência desses fatos, o diretor-geral do STM, José Carlos Santos, na quinta-feira (18/6), exigiu que o Coordenador de Comunicação do Sindjus, Epitácio Florentino, desfizesse o piquete. O DG, que não pertence aos quadros do tribunal e desconhece a cultura do órgão, ignorou a tradição combativa dos servidores, o direito de greve dos servidores e com rispidez afirmou que quem manda da porta do STM pra dentro é ele.

O Sindjus que, por respeito ao Curso de Direito e Processo Administrativo da JMU, ocorrendo no interior do tribunal, havia dispensado o som do piquete, diante do ocorrido, trouxe barulho ao piquete. Diante da confusão, servidores do STM desceram em solidariedade, apoiando o movimento grevista. Outros coordenadores do Sindjus, além dos servidores de Ceilândia que faziam arrastão solidário no TRF, foram para o piquete do STM. O clima de indignação tomou conta do STM, um tribunal civil, que precisa respeitar seus servidores.

Ao final da tarde, coordenadores do Sindjus e integrantes do Comando de Greve conversaram com o chefe de gabinete da Presidência, Brigadeiro Porto, que se comprometeu a levar ao presidente do STM, William de Oliveira Barros, o acontecido de modo que não ocorram novas retaliações ao movimento grevista nem aos servidores que, de forma legitima, reivindicam seus direitos. O Sindjus deixa claro não vai aceitar essa postura autoritária e cerceadora.

Para combater esse absurdo, e em solidariedade aos grevistas do STM, o Sindjus pretende organizar, com a participação dos grevistas presentes, um grande abraço ao prédio do Superior Tribunal Militar, nesta sexta-feira (19/6), antes da assembleia-geral, que acontecerá às 15h, na Praça dos Tribunais Superiores. Respeito já!

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