Diante de cenário de incerteza, servidores devem manter mobilização no Congresso
Por mais uma vez, o jogo de interesses dos parlamentares tornam incerta a realização da sessão conjunta do Congresso Nacional e, por consequência, a votação do Veto 26.
Pressionando pela inclusão na pauta do Congresso do veto da presidente Dilma ao projeto de lei da reforma política que barrou o financiamento privado de campanha, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, convocou sessão extraordinária às 11h desta quarta-feira (30/9), isto é, 30 minutos antes do horário para o qual foi convocada uma sessão do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais. A sessão foi aberta apreciando a MP 676, que cria nova fórmula para o cálculo de aposentadoria. Eduardo Cunha convocou ainda mais duas sessões para depois dessa, para obstruir o Plenário.
O horário de 11h30 da sessão do Congresso não foi alterado após a convocação feita por Cunha, mas teve seu início inviabilizado uma vez que o Plenário da Câmara está ocupado. Depois da entrega de 7 ministérios para o PMDB em troca de apoio e de ofertas generosas a outros partidos, os servidores também precisam enfrentar o lobby político de Eduardo Cunha que também quer derrubar um veto que interessa a muitos parlamentares. Muitos deputados estão indo à tribuna para falar que querem derrubar o Veto 26.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda não cancelou a sessão do Congresso, entretanto alega que ela só pode ser realizada se o presidente da Câmara liberar o Plenário para a sessão. Por volta das 13h, líderes da Câmara procuraram Renan Calheiros condicionando a desobstrução da sessão do Congresso à inclusão do veto do financiamento privado na pauta da sessão do Congresso.
Às 15h haverá reunião de líderes no Senado, onde será discutido um calendário especial para votação da PEC da reforma política. Caso o calendário seja aprovado, os líderes vão negociar com Cunha a liberação do Plenário para realização da sessão do Congresso na noite de hoje.
Diante desse cenário de incerteza, os servidores devem continuar mobilizados no Congresso Nacional, insistindo nas manifestações e nos trabalhos internos. O Sindjus e a Fenajufe estão acompanhando todas as informações e manterão os servidores informados. Os servidores que já estão no Congresso Nacional devem permanecer até necessário e os que ainda não foram, devem se deslocar para o Ato fortalecendo o movimento e a pressão sobre os parlamentares.
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