Contra os retrocessos, servidores estão de olho nos parlamentares do DF

Os servidores do Judiciário Federal e do MPU têm vários motivos para fiscalizarem o posicionamento dos parlamentares eleitos pelo Distrito Federal para uma vaga na Câmara e no Senado. Muitas são as propostas de interesse do funcionalismo público em tramitação no Congresso Nacional. Algumas favoráveis e muitas contrárias aos seus direitos.

Recentemente, o eleitor do DF assistiu à ampla maioria deles votando a favor do desmonte do serviço público, durante a tramitação da PEC que limita os investimentos públicos nos próximos 20 anos.

Dos oito deputados federais do DF, seis votaram favoráveis à PEC 241/2016. Alberto Fraga (DEM), Augusto Carvalho (SD), Izalci (PSDB), Laerte Bessa (PR), Rogério Rosso (PSD) e Ronaldo Fonseca (PROS) acompanharam a orientação de seus partidos e seguiram o governo de Michel Temer, votando contra os interesses da classe trabalhadora. Apenas Érika Kokay (PT) e Rôney Nemer (PP) disseram não à matéria.

Já no Senado, a votação pelo lado do governo foi unânime. Os três senadores do Distrito Federal votaram favoráveis à PEC 55/2016, aprovada no Senado em dezembro, pouco antes do recesso parlamentar. Cristovam Buarque (PPS), Hélio José (PMDB) e Reguffe (S/Partido) seguiram o governo de Michel Temer, votando contra a população, que sofrerá as sérias consequências do teto que limitará os investimentos em serviços públicos.

O Sindjus-DF denunciou, junto à categoria e à população, a forma como esses parlamentares votaram. Durante o mês de dezembro e todo o mês de janeiro, outdoors do sindicato, instalados nas principais vias de circulação de carros do DF, estamparam o rosto de cada deputado e senador que votou na PEC do teto de gastos, conforme modelo acima. O objetivo é que, no período eleitoral, a população possa se lembrar como cada um se posicionou em relação aos interesses do país.

O desafio agora é barrar a aprovação da reforma da Previdência (PEC 287/2016), em tramitação na Câmara dos Deputados. O sindicato reforça a sua disposição em manter a pressão junto à bancada do DF e demais parlamentares na votação dessa e de outras ameaças aos direitos do povo brasileiro. E dá o recado: se votarem novamente ao lado do governo, aumentando o tempo de contribuição e a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, novamente terão seus rostos estampados para todo o Distrito Federal.

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