Sindjus-DF continua conversas com parlamentares com o objetivo de derrotar PEC 287

As mobilizações do Sindjus-DF para tentar derrotar a Proposta de Emenda à Constituição nº 287/2016, que promove a reforma da Previdência, alterando as regras de aposentadoria para os servidores públicos federais e trabalhadores do setor privado, se intensificam a cada dia, à medida que a tramitação da matéria avança na Câmara dos Deputados. Esta semana, além da recepção aos deputados no Aeroporto Juscelino Kubitschek, a direção do sindicato também começou uma série de reuniões com os parlamentares da bancada do DF.

Na terça-feira (21), os coordenadores Costa Neto e Gilmar Paz se reuniram com o assessor do senador Cristovam Buarque (PPS), José Ricardo. Segundo ele, o senador não é a favor da reforma do jeito que está, mas considera que é necessário promover alterações na Previdência. Renato informou aos coordenadores do Sindjus que o senador considera a regra de transição proposta extremamente injusta e defende que professores em sala de aula, policiais que executam seu trabalho nas ruas, trabalhadores de mineração e os expostos à radiação, além daqueles que realizam trabalho insalubre e de perigo, tenham tratamento diferenciado na hora de se aposentar. Informou, ainda, que Cristovam Buarque assinou a CPI da Previdência.

Foto: Fenajufe

Na quarta-feira (22), foi a vez do Sindjus se reunir com o deputado Rôney Nemer (PP). Os coordenadores do Sindjus Costa Neto – também representando a Fenajufe, Chico Vaz e Neuza Ferreira, acompanhados de Marcos Santos, pela Fenajufe; Wite Villela, representando a ASSTJ (Associação dos Servidores do STJ); Gabriel Vargas e Antônio Medina, pelo Sindijufe-MS; e José Roberto, representando a ADUFMS (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), apresentaram a preocupação das entidades sindicais com o futuro dos direitos previdenciários caso a PEC 287 seja aprovada.

Nemer foi enfático ao declarar ser contra a reforma da Previdência e contra o projeto da terceirização (PL 4302/1998), aprovado na noite de ontem no plenário da Câmara dos Deputados. O deputado do DF destacou que votará contra e que já apresentou a sua posição para a bancada e o líder do PP. Informou ser servidor público e defensor da categoria.

Ainda na quarta-feira, os dirigentes se reuniram também com deputados e senadores de outros estados. Após as visitas, o cenário obtido ficou assim configurado:

– Senador Elmano Ferrer (PMDB/PI) – afirmou ser servidor público e estar ao lado dos trabalhadores. Informou que a categoria pode contar com ele e que, inclusive, assinou a CPI da Previdência.
– Senador Pedro Chaves (PSC/MS) – declarou ser contra a Reforma da Previdência e informou ter assinado a CPI da Previdência.
– Senadora Regina Souza (PT/PI) – declarou ser contra a Reforma da Previdência.
– Senador Waldemir Moka (PMDB/MS) – afirmou ser contra o texto atual, mas entende que há necessidade de uma reforma. Declarou ter assinado a CPI da Previdência.
– Deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS) – disse ser contra a Reforma da Previdência.

– Deputado Rodrigo Martins (PSB/PI) – declarou posição contrária à reforma da Previdência.

Reunião com Izalci
A primeira reunião do Sindjus com deputados da bancada do DF foi na segunda-feira, com o deputado Izalci Lucas (PSDB). Na ocasião, os coordenadores Costa Neto, Chico Vaz e Neuza Ferreira solicitaram ao deputado que vote contra a reforma da Previdência. Os dirigentes do Sindjus apresentaram material em defesa da Previdência, com números demonstrativos de que ela é superavitária, e destacaram a necessidade de apoio da bancada do DF para derrubar a reforma apresentada pelo governo.

Após ouvir os argumentos dos representantes do Sindjus, Izalci afirmou que, do jeito que está, o texto da PEC não será aprovado na Câmara, mas disse considerar que a reforma é necessária, porém com possíveis alterações.

O sindicato vai continuar, nos próximos dias, as conversas com deputados e senadores do DF para tentar convencê-los a votar contra a proposta de reforma da Previdência, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

Com informações da Fenajufe

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