Planalto emprega 10 vezes mais que a Casa Branca

A Presidência da República tem mais de 3,8 mil assessores, sem contar órgãos vinculados, segundo informações do Siape, o sistema oficial de gestão dos recursos humanos. Residência e local de trabalho do presidente americano, a Casa Branca dispõe de um contingente de pessoal dez vezes menor: são apenas 377 pessoas para ajudar Donald Trump a administrar o maior orçamento do planeta, de US$4,4 trilhões (R$13,9 trilhões). O orçamento do Brasil é quatro vezes menor: R$3,5 trilhões.

O presidente dos EUA mora e trabalha no mesmo local. No Brasil, tem dois palácios, Planalto e Alvorada, além da espaçosa Granja do Torto. E mais, não estão incluídos, entre os 3,8 mil servidores do Planalto, aqueles de órgãos como Vice-Presidência, secretarias, Abin, agências, AGU etc.

Os EUA, com 120 milhões de habitantes a mais que o Brasil, têm 78 deputados federais a menos. E 19 senadores a mais que os nossos 81.

O governo brasileiro insiste, administração após administração, no preenchimento de cargos comissionados por conveniência política. Essa cultura de apadrinhamento causa uma série de gastos que inviabiliza o investimento necessário no serviço público, com a devida valorização dos servidores públicos de carreira.

Para manter a farra de cargos públicos, o governo promove sucessivos arrochos ao funcionalismo, vide as tesouradas nos orçamentos do Judiciário e do MPU, que refletem no enxugamento de zonas eleitorais e nas tentativas de diminuir os quadros da Justiça do Trabalho e do Ministério Público.

Ao contrário de reformas trabalhista e previdenciária, o governo teria de reformar o tratamento dado aos servidores públicos, de modo a fortalecer as carreiras e não esfacelá-las. O Sindjus continua em defesa de um Judiciário e MPU com autonomia orçamentária, de modo a fortalecer e ampliar o acesso à Justiça.

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