Rodrigo Maia vai ao STF pedir apoio de Cármen Lúcia à Reforma da Previdência

Ciente das dificuldades em conseguir aprovar a Reforma da Previdência em fevereiro, logo após o retorno dos trabalhos do Legislativo, o governo federal tem feito um esforço concentrado desde o início do ano para conquistar novos apoios.

Uma das investidas esta semana da base governista foi junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na tarde desta quarta-feira (24), o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com a ministra Cármen Lúcia. Um dos temas do encontro foi a proposta que altera as regras de aposentadoria de servidores públicos e trabalhadores do setor privado.

Foto: Nelson Jr./STF

Presidente da República em exercício, Maia buscou o apoio da chefe do Supremo à Reforma. “Discutimos temas que têm relação da Câmara dos Deputados com o Poder Judiciário e de mais interesse para a sociedade e para a carreira dos juízes, e que geram alguma polêmica. Vamos continuar dialogando. É preciso que essas pautas sejam construídas de forma harmônica entre os dois poderes e assim tem sido feito e assim será feito nessas duas votações que devem ocorrer no início do ano”, afirmou, explicitando o objetivo da agenda.

Segundo levantamento divulgado pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no momento o governo contabiliza 275 votos favoráveis à matéria, que já sofreu diversas alterações desde que foi apresentada ao Congresso Nacional. De acordo com os números, aproximadamente 55 parlamentares se declararam indecisos. Para aprovar na Câmara, serão precisos 308 votos no plenário, em dois turnos.

Também nesta quarta-feira, o relator da PEC 287/16, deputado Arthur Maia (PPS-BA), admitiu a negociação de um “pacote de mudanças” em troca do apoio de parlamentares ao texto. Tais alterações dizem respeito a beneficiar alguns grupos específicos. (Leia a matéria aqui).

O Sindjus-DF reafirma a importância de não só manter, como reforçar a mobilização para construir um amplo movimento capaz de derrotar a Reforma Previdência, prevista para ser votada, em plenário, no dia 19 de fevereiro. As dificuldades do governo em conseguir o número de votos necessários demonstram que há espaço para pressionar junto aos parlamentares indecisos. Intensificar a luta unificada é o principal imperativo para os próximos dias.

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