Confira nota da Fenajufe em repúdio ao assassinato da vereadora Marielle Franco

A Fenajufe divulgou, nesta quinta-feira (15), nota em repúdio ao assassinato da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, ocorrido na noite da última quarta-feira (14), na capital fluminense. A parlamentar foi atingida com quatro tiros na cabeça logo depois de sair de um debate no bairro do Estácio. O carro em que Marielle estava foi alvejado com nove disparos, sendo que três atingiram Anderson Pedro Gomes, motorista do carro, também morto no local. A assessora da vereadora ficou ferida com os estilhaços do vidro do carro, mas sobreviveu.

Na nota, a Federação destaca a necessidade de ampla apuração do caso e punição dos envolvidos, além de ressaltar a atuação de Marielle na defesa dos direitos das mulheres, de negros e negras e dos moradores da periferia do Rio. “Além do protesto pela indignação, é preciso que o Estado seja meticuloso, rigoroso e radical na apuração desse assassinato e daqueles denunciados por Marielle. A morte de Marielle não pode cair no esquecimento, pois sua voz representava a voz de milhares de mulheres, de negros e negras, de excluídos, de gente que o Estado ignora”.

Confira, abaixo, a íntegra da nota.

A morte da vereadora Marielle Franco, além de tristeza e indignação, nos mostra que há ainda um longo caminho a percorrer.

Provoca desalento porquanto era uma voz que ecoava na comunidade onde cresceu, na cidade onde morava e no país onde nasceu. Não queremos aqui analisar as vertentes que levaram ao seu brutal assassinato. São várias e não cabe aqui a discussão.

O que nos move nesse momento de consternação é o desejo de justiça.

Marielle lutava por direitos humanos.

Lutava por oportunidades para o seu povo. Sua morte, além de estúpida , foi permeada de interesses elitizados, desconforto político-social e foi, claramente, intencional.

Marielle Franco incomodava.

Além do protesto pela indignação, é preciso que o Estado seja meticuloso, rigoroso e radical na apuração desse assassinato e daqueles denunciados por Marielle.

A morte de Marielle não pode cair no esquecimento, pois sua voz representava a voz de milhares de mulheres, de negros e negras, de excluídos, de gente que o Estado ignora. É imperativo que as autoridades não se acovardem e não se escondam atrás do “conflito social que vive o estado do Rio de Janeiro”.

Marielle Franco não será apenas mais um número na estatística.

Vamos nos somar ao resto do país e fortalecer o clamor por Justiça.

Marielle Franco, Presente!

Brasília-DF, 15 de Março de 2018

Fenajufe – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União

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