Luta contra a Reforma da Previdência agora é no Senado. Sindjus-DF intensificará campanha

Mesmo com toda a pressão exercida pelo Sindjus-DF e por outros movimentos e entidades contrárias à PEC 06/19, a Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (7/8), os oito destaques apresentados, encerrando assim a votação da reforma da Previdência em segundo turno, com a aprovação do texto sem alterações. Os destaques poderiam suprimir do texto alguns pontos nocivos à nossa aposentadoria, porém, a promessa de liberação de 5,6 bilhões em emendas fez com que os deputados seguissem a cartilha ditada pelo governo. Na terça-feira, antes do texto-base da reforma ser aprovado em segundo-turno, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei que libera R$ 3 bilhões em verbas extras para os ministérios conseguirem pagar emendas parlamentares. O toma lá, dá cá surtiu efeito.

O texto segue agora para o Senado Federal, onde continuaremos nossa batalha para enterrar esse violento ataque à Previdência Social. Assim como aconteceu na Câmara, o texto será apreciado em dois turnos pelo plenário do Senado. Antes disso, passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Confira abaixo o quadro explicativo sobre essa tramitação preparado pela Assessoria Parlamentar do Sindjus-DF.

Mobilização forte
Precisamos reforçar nossa mobilização. É importante que os servidores atendam aos chamados do Sindicato e participem ativamente das atividades contra a reforma. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se tornou o principal articulador dessa ofensiva, estados e capitalização podem ser incluídos na reforma pelo Senado, atendendo assim o desejo do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O Sindjus-DF é uma das entidades mais atuantes, a nível nacional, contra essa reforma. O trabalho intenso do Sindicato é reconhecido pelos parlamentares, especialistas da área, outros sindicatos e demais entidades. A ampla campanha desenvolvida pelo Sindjus-DF se espalhou pelo Distrito Federal por meio de outdoors, publicações, totens e painéis da Rodoviária do Plano Piloto e Metrô. Foram realizadas mobilizações constantes no Aeroporto JK e na Câmara dos Deputados, com faixas, bandeiras e instrumentos musicais. O Sindicato espalhou inúmeras faixas no gramado do Congresso Nacional e realizou um vigoroso trabalho interno, participando de reuniões da Comissão Mista em Defesa da Previdência Social, audiências públicas e corpo a corpo com parlamentares.
No entanto, todo esse esforço do Sindjus-DF e o trabalho conjunto com as demais entidades não foram capazes de alterar a correlação de forças dentro da Câmara dos Deputados para barrar o avanço da PEC 6/2019.

É necessário manter a mobilização para tentar obter cada vez mais o apoio da população e a participação e engajamento efetivos dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, bem como de outras categorias e trabalhadores em geral, contra essa reforma.

Precisamos resgatar o espírito da luta pela derrubada do Veto 26, onde reunimos, por diversas vezes, mais de 15 mil servidores em frente ao Congresso Nacional, fazendo grandes manifestações e muito barulho a ponto do então presidente do Senado, Renan Calheiros, reclamar do incômodo que causávamos.

Que possamos, com a nossa garra e determinação, barrar essa Reforma no Senado. O governo anuncia que essa guerra já está ganha para nos desmobilizar. No entanto, se houver pressão popular, os senadores podem sim enterrar a PEC do desmonte da Previdência Social ou minimizar seus efeitos mais nocivos. O Sindjus-DF informa que continuará trabalhando duro para impedir que essa reforma seja aprovada e intensificará a pressão, agora, sobre o Senado Federal. No entanto, salienta que é imprescindível que a categoria, como um todo, abrace essa causa. É a nossa aposentadoria que está em jogo!

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