Sindjus-DF e Sindilegis se reúnem com assessoria do deputado Capitão Wagner (PR-CE), em mais uma articulação contra a PEC 32

Sindjus-DF e Sindilegis participaram, na manhã desta sexta-feira (08/10), de reunião com assessoria do deputado Capitão Wagner (PR-CE), para tratar da PEC 32/2020. O objetivo foi o de consolidar o apoio do parlamentar que já se declarou contrário à Reforma Administrativa e ampliar a frente de atuação contra essa PEC do Mal.

A reunião foi com o assessor Paulo Alberto Leite Cerqueira, que informou que o deputado está cumprindo agenda no Ceará. Os coordenadores-gerais do Sindjus-DF Costa Neto e Abdias Trajano e o presidente do Sindilegis, Alison Souza, defenderam em suas falas a rejeição da PEC 32 na íntegra.

Paulo Alberto enfatizou que o deputado Capitão Wagner desde a época em que estava na Assembleia Legislativa do Ceará tem feito a defesa dos serviços e servidores públicos. Lembrou que o deputado se posicionou contrário à Reforma da Previdência e que, recentemente, na CCJC, votou contra o parecer apresentado pelo relator da PEC 32. Afirmou que, embora seja da base do governo, o deputado tem votado junto com os servidores.

Segundo análise de Paulo Alberto, a PEC 32 está meio em suspenso por conta do feriado do dia 12 de outubro e do governo ainda não se sentir seguro para colocar a matéria em votação no Plenário. Lideranças e bancadas estão conversando sobre modificações no texto. Para o assessor, essa proposta representa a fragilização e o desmonte dos serviços públicos.

Segundo Costa Neto, “a PEC 32 não tem como ser remendada. Já mexeram tanto nessa redação que virou uma proposta Frankenstein; e quanto mais mexe, mais piora. Essa Reforma Administrativa traz em sua espinha dorsal a quebra da estabilidade, a substituição dos servidores efetivos por temporários e a terceirização. Dessa forma, reforçamos o pedido para que o deputado Capitão Wagner esteja conosco nessa trincheira. Precisamos fortalecer nossa frente de batalha para frear essa PEC que traz em seu bojo a questão de perpetuação dos governantes no poder, pois cria um exército de cabos eleitorais a partir de apadrinhados políticos. Só há um caminho para impedir esse mal: a rejeição na íntegra da PEC 32”.

“Nossos destaques são todos supressivos. Pois a PEC tem tanta coisa ruim que quando você elenca os pontos negativos, a PEC deixa de existir. Ela vem no sentido de flexibilizar a contratação de temporários e a terceirização e facilitar demissão de servidores. E isso vai trazer aumento da corrupção, a ineficiência do Estado e prejuízos ao desenvolvimento do Brasil”, afirmou o presidente do Sindilegis, Alison Souza.

Abdias Trajano expôs sua preocupação com a abertura das portas do serviço público à terceirização pela PEC 32. “A Reforma Administrativa promove o apadrinhamento político, transformando os serviços públicos em verdadeiros cabides de emprego para serem utilizados para trocas de favores. No passado, criaram uma lei para evitar o nepotismo, que foi ótimo, mas abriram outras portas para o nepotismo cruzado. Precisamos libertar os serviços públicos dessas práticas e correntes. Afinal, é a população quem sai perdendo. Que nossa luta conjunta possa mandar essa PEC para o inferno, que é o lugar dela”, exclamou o dirigente do Sindjus.

Paulo Alberto afirmou que o gabinete está à disposição das entidades para trabalhar no que for necessário para a defesa dos direitos e conquistas dos servidores, bem como para barrar a PEC 32.

 

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