Núcleo de Inclusão do Sindjus-DF manifesta preocupação com possibilidade de fechamento da AMA-DF

O Núcleo de Inclusão do Sindjus-DF, criado em 2017, demonstra apreensão com a situação do possível encerramento das atividades da Associação dos Amigos dos Autistas do Distrito Federal (AMA-DF), que há 35 anos cuida dos autistas. A AMA-DF está atualmente sendo ameaçada de despejo pela Secretaria de Saúde do DF do local que funciona durante todo esse tempo, no Instituto de Saúde Mental, no Riacho Fundo.

O apresentador da Globo Marcos Mion, que tem um filho diagnosticado com autismo, chegou a enviar um vídeo ao governador do DF, Ibaneis Rocha, manifestando sua posição contrária à desativação do local ocupado pela AMA-DF, cujo trabalho desenvolvido acerca do acolhimento e tratamento às pessoas autistas é referência no Centro-Oeste.

O vídeo teve grande repercussão e nesta terça-feira (08/02), o secretário de Saúde do Distrito Federal, general Manoel Pafiadache, mandou suspender por 48h o despejo e fechamento da AMA-DF. Em ofício encaminhado à presidente da instituição, Gisele Montenegro, o secretário de Saúde diz que busca “encontrar uma medida que respeite a legislação aplicável”, mas que também tenha uma solução “para o atendimento da comunidade” que seria prejudicada.

Para a servidora Sheila Tinoco, que é mãe de autista e uma das lideranças do Núcleo de Inclusão do Sindjus-DF, “não podemos aceitar que a AMA-DF seja extinta. Aliás, não podemos aceitar cortes, retrocessos ou qualquer prejuízo relacionado à essa iniciativa que vem sendo desenvolvida com muita seriedade, garra e ótimos resultados há muitos e muitos anos. Quem quer fechar a AMA-DF, certamente não a conhece. Eu conheço e apoio essa associação, e vou seguir lutando para que ela continue seu trabalho que é único por aqui, inclusive cuidando de autismo severo. O governo do Distrito Federal precisa compreender que não se promove inclusão despejando quem representa um porto-seguro para as pessoas autistas e suas famílias”.

O coordenador de Assuntos Jurídicos do Sindjus-DF Cledo Vieira, que também é um dos coordenadores do Núcleo de Inclusão do Sindicato, afirmou estar acompanhando com muita atenção essa situação e que se solidariza com a AMA-DF e com todos os envolvidos. O dirigente sindical acredita que através do diálogo é possível encontrar a melhor solução para essa questão, que, com certeza, não pode ser o fechamento de uma associação que oferece um trabalho dessa importância.

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