CNJ divulga resultados da pesquisa sobre saúde mental de magistrados e servidores no contexto da pandemia

No dia 07 de fevereiro, de maneira virtual, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou o 4º Seminário Nacional sobre a Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, que apresentou os resultados do Diagnóstico sobre Saúde Mental de Magistrados e Servidores da Justiça no Contexto da Pandemia da Covid-19. Essa pesquisa, cuja realização foi divulgada pelo Sindjus-DF aos seus filiados, foi apresentada a magistrados e servidores em dezembro de 2021.

A pesquisa abordou questões sobre como o participante desenvolveu seu trabalho durante a pandemia (remoto, presencial ou híbrido), se foi diagnosticado com Covid-19, se tomou as vacinas, e sobre como avalia a quantidade de trabalho durante a pandemia e as condições de saúde, entre outras. O objetivo foi investigar a saúde mental dos integrantes do PJU e suas “expectativas” após dois anos de pandemia.

O Sindjus-DF destaca a importância desse diagnóstico, pois a luta pela saúde dos servidores é um dos itens prioritários da agenda do Sindicato. Inclusive, durante a pandemia, os dirigentes sindicais realizaram diversas reuniões com integrantes das Administrações para discutir protocolos de segurança referentes à Covid-19, teletrabalho e a importância de se debruçar sobre a saúde mental dos servidores e desenvolver programas preventivos e tratamentos especializados.

Para o coordenador-geral do Sindjus-DF Costa Neto, essa pesquisa é fundamental para embasar a construção de condições ideais do servidor realizar seu trabalho, inclusive de forma remota, com acesso a ferramentas de TI e questões ergonômicas que atendam suas necessidades. “O teletrabalho é o futuro, mas precisamos olhar com muito cuidado para a saúde dos servidores e dar atenção especial às causas e tratamentos para ansiedade, depressão, síndrome do pânico, LER, DORT, problemas visuais e dermatológicos, e outras doenças que, infelizmente, estão acometendo muitos colegas”, afirmou Costa Neto.

Segundo o que foi apresentado pelo CNJ, trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário, em sua maioria, não pertencem ao grupo de risco da Covid-19, já tomaram duas ou mais doses de reforço vacinal contra o vírus, saem com menos frequência de casa, mas estão sentindo na “pele” resultados do isolamento social e do trabalho híbrido ou remoto.

Dos 21.646 servidores, servidoras, magistrados e magistradas que responderam à segunda rodada da Pesquisa Saúde Mental de Magistrados e Servidores no Contexto da Pandemia da Covid-19, a maioria admitiu sentir cansaço, insônia, dificuldade de concentração, aumento de peso e dores musculares.

A maioria dos entrevistados (55%) tiveram a percepção de aumento do volume de trabalho em relação ao início da pandemia. Para 66,6% das pessoas entrevistados, o tempo dedicado ao trabalho está sendo bem maior do que na fase do trabalho presencial.

Em relação à forma de trabalho, 15% de quem respondeu ao questionário disseram não se sentir confortável para voltar ao trabalho presencial, mesmo que regras de segurança sejam adotadas. E 35% preferem manter a forma virtual para reuniões de trabalho.

Esses dados mostram que não está tudo bem e que precisamos, realmente, de medidas práticas que valorizem a saúde mental dos magistrados e servidores.

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