Sindjus participa da solenidade do TJDFT referente ao programa Maria da Penha Vai à Escola

O Sindjus, representado pelo coordenador-geral Abdias Trajano, participou, no dia 10 de outubro, no Auditório Ministro Sepúlveda Pertence (TJDFT), da solenidade de premiação dos vencedores da 3ª edição do Concurso de Seleção de Práticas Inovadoras do programa Maria da Penha Vai à Escola, organizada pelo Núcleo Judiciário da Mulher (NJM).

Esse concurso tem por objetivo dar visibilidade às práticas inovadoras que contribuam para prevenção e enfrentamento da violência contra as mulheres e meninas nos colégios. Durante a solenidade, foram apresentadas as seis melhores iniciativas elaboradas por gestores, educadores e professores da rede pública de ensino do DF. As escolas vencedoras foram premiadas com placas referentes ao prêmio e os alunos e professores com aparelhos de celular, kindle, além de livros sobre o tema.

A cerimônia contou com a presença do 2º Vice-Presidente do TJDFT, Desembargador Sérgio Rocha, que afirmou que o projeto é uma referência para o Brasil inteiro. O evento também foi prestigiado por representantes das secretarias de Educação (SEDF), Segurança Pública (SSP-DF) e da seccional distrital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF).

O coordenador-geral Abdias Trajano, em seu discurso, enfatizou a importância do Programa Maria da Penha Vai à Escola, que desde 2014 tem contribuído para mudar a realidade de muitas mulheres e meninas para melhor, inclusive salvando vidas. Enfatizou que o Sindjus tem muito orgulho de apoiar essa iniciativa, pois considera fundamental a conscientização dos jovens a respeito desse tema. Afinal, em 2020, segundo pesquisa do Instituto Datafolha, cerca de 17 milhões de mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência.

“Estamos aqui em defesa da vida, do respeito, da dignidade, especialmente no que diz respeito às mulheres e meninas. O nosso objetivo é contribuir para que elas tenham o direito de viver suas vidas na plenitude e sem violência. A Lei Maria da Penha é considerada pela Organização das Nações Unidas a terceira melhor legislação no enfrentamento a violência contra a mulher no mundo, ficando atrás apenas das leis que existem na Espanha e no Chile. No entanto, não basta ter a lei, é necessário fazê-la valer, torná-la efetiva”, afirmou Abdias Trajano.

O coordenador-geral do Sindjus ainda tocou em outro ponto delicado – o do silêncio diante das agressões. Das 17 milhões de mulheres brasileiras vítimas de violência, apenas 11,8% buscaram as autoridades. “O silêncio garante a impunidade. Por isso, sou a favor de trazer cada vez mais essa temática da violência doméstica e familiar contra as mulheres e meninas à tona, combatendo desinformações, derrubando mitos, dirimindo dúvidas, formando uma nova consciência a respeito dessa realidade, que pode sim ser transformada”.

“Sou pai de duas meninas e quero um Brasil que respeite e valorize as mulheres. E a construção desse País mais justo e consciente começa na escola. E dando todo suporte a esse processo, a justiça deve ser firme na defesa dos direitos das mulheres e meninas”, enfatizou Abdias Trajano, que além de coordenador-geral do Sindjus é servidor do TJDFT e acompanha esse projeto desde o início.

A seleção dos trabalhos ficou a cargo do Comitê Gestor do Acordo de Cooperação Técnica do Programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE).

Confira os trabalhos premiados:
• 1º lugar: Centro de Ensino Médio Elefante Branco, com a prática “Retratos do cotidiano: O teatro do oprimido e a educação em direitos humanos”
• 2º lugar: Centro Educacional 1 de Brasília, com a prática “Dia de visita dos alunos da primeira etapa do primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas prisões”
• 3º lugar: Centro Educacional 310 de Santa Maria, com a prática “Flores da escola”
• 4º lugar: Escola Classe 62 de Ceilândia, com a prática “Quebrando paradigmas e rompendo a cultura do machismo”
• 5º lugar: Escola Cívico-Militar do Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia, com a prática “Cultura de paz na escola — Combate à violência contra a mulher e valorização de meninas e mulheres”
• 6º lugar: Caic de Santa Maria, com a prática “Super bate-papos — Sala de recursos de altas habilidades em linguagens de Santa Maria”

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